Da Redação
Às 10h45min, desta terça-feira (18), o vereador Pedro Ruas (Psol) entregou o projeto que prevê o tombamento do estádio Olímpico como patrimônio histórico da cidade. Caso aprovado e sancionado pelo prefeito José Fortunati, a OAS Construtora, responsável pela área, não poderá destruir a arquitetura do estádio ou mesmo do gramado.
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A construtora prevê para área a construção de torres residenciais. Se a proposta for aprovada, os campos suplementares poderão ser utilizados para as obras.
Em entrevista ao Sul21 o vereador justificou a sua ação. “Há algum tempo eu estava pensando nisso. Recebi muitos pedidos durante o ‘abraço ao olímpico’ (evento que reuniu gremistas para dar adeus ao estádio). Havia um clamor popular pelo estádio. Esse mesmo clamor ocorreu também durante a votação para presidência do clube”, relembra ele.
O vereador então começou a estudar formas para que o estádio não fosse implodido e chegou a duas saídas: o tombamento ou a desapropriação. Optou pelo tombamento pois este não gera custo público, ao contrário da desapropriação. “No tombamento não é gasto o dinheiro público. O prédio continua por conta de seu proprietário. Ele pode alugar, vender, fazer show da Madonna, o que for, desde que não mude a arquitetura original”, esclarece.
Pedro Ruas afirma ainda que sempre foi favorável à Arena do Grêmio. “Não tenho nada contra a Arena. Mas uma coisa não implica na outra. Não admito que se destrua um patrimônio cultural do Estado e que é referência internacional de Porto Alegre. O Olímpico não precisa ser do Grêmio. Só precisa existir”, disse Ruas afirmando ainda que entregará a proposta para o presidente do Grêmio, Fábio Koff, para poder discuti-la diretamente com ele.