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2 de janeiro de 2020
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19:04

Cpers cobra antecipação de negociação e faz ‘pedágio solidário’ para ajudar alimentação de quem teve salário cortado

Por
Luís Gomes
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Professores e funcionários de escola realizaram pedágio solidário para arrecadar fundos para servidores que tiveram salários cortados | Foto: Caco Argemi/Cpers

Da Redação

Em vídeo publicado nas redes sociais do Centro dos Professores do Estados do Rio Grande do Sul (Cpers), a presidente Helenir Schurer Aguiar afirma que representantes do sindicato estiveram no Palácio Piratini na tarde desta quinta-feira (2) para tentar uma reunião com o secretário-chefe da Casa Civil, Otomar Vivian. O sindicato quer que o governo antecipe a negociação com a categoria agendada para o dia 10 que tem por objetivo discutir o pagamento dos dias parados pela greve iniciada em novembro e o calendário de recuperação das aulas perdidas.

Em assembleia realizada no dia 20, professores e funcionários de escola decidiram manter a greve, mas encaminharam a possibilidade de suspendê-la até o restante dos projetos do pacote de reforma administrativa do governo Eduardo Leite (PSDB) serem votados na Assembleia Legislativa sob a condição de o governo negociar o corte no ponto e a recuperação das aulas perdidas. Na ocasião, a categoria deliberou que, se o governador insistir no desconto dos dias parados, a greve continuará.

Em reunião com deputados estaduais no dia 23 de dezembro, o secretário estadual de Educação, Faisal Karam, se comprometeu a realizar a reunião, mas ela acabou agendada somente para o dia 10. Nesta quinta, os professores foram ao Piratini cobrar o adiantamento da conversa para que as aulas possam ser retomadas e os professores que tiveram os salários descontados possam receber mais cedo.

Otomar Vivian não estava no local e a direção do Cpers foi, então, atendida por um representante do segundo escalão do governo. “Colocamos a nossa disposição de negociação e que gostaríamos que o governo antecipasse a reunião do dia 10 para o dia 6, ou até mesmo para amanhã se eles assim acharem conveniente”, disse Helenir.

Segundo a presidente do Cpers, o governo ficou de responder sobre o pedido. “Reiteramos que os nossos alunos, os pais, os professores e os funcionários estão com disposição de reiniciar. O único que, hoje, ainda demonstra não ter a disposição de reiniciar o ano letivo é o governo do Estado, quando corta salário e quando marca uma reunião para o dia 10 de janeiro, assim ainda dificultando o início do ano letivo de 2020”, disse, acrescentando que a situação agora está “nas mãos” do governador Eduardo Leite.

Durante o dia, deputados estaduais e federais, como Sofia Cavedon (PT) e Maria do Rosário (PT), fizeram postagens nas redes sociais cobrando do governo a antecipação da negociação.

 

 

Representantes do sindicato também realizaram na tarde desta quinta um “pedágio solidário” na Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre. A ação teve por objetivo arrecadar fundos para auxiliar na alimentação de servidores da Educação que aderiram a greve e tiveram os salários cortados pelo governo.

A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) calcula que é necessário recuperar 25 dias parados nas escolas que aderiam à greve.

| Foto: Caco Argemi/Cpers

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