Da Redação
Deputados estaduais se reuniram na manhã desta segunda-feira (23) com o secretário estadual de Educação, Faisal Karam, para tentar mediar um encontro entre o governo do Estado e com o comando de greve do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) para tratar da recuperação e do pagamento dos dias parados durante a greve da categoria.
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Presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, que mediou o encontro, a deputada Sofia Cavedon (PT) disse após a reunião que o secretário se comprometeu a participar de uma rodada de negociação com os professores nos próximos dias, possivelmente até o dia 29. Também participaram do encontro os deputados Issur Koch (PP), vice-presidente da Comissão, e Sebastião Melo (MDB).
Na última sexta-feira (20), o Cpers definiu, em assembleia, que manterá a paralisação iniciada no dia 14 de novembro até o governo se comprometer a pagar os dias parados, só então poderia suspender a greve e negociar a reposição dos dias perdidos.
Durante o encontro desta segunda, o secretário destacou a necessidade de concluir o ano letivo o mais breve possível. “Permanecemos abertos ao diálogo, pautados pelo bom senso e responsabilidade com os educadores, mas não abrimos mão da urgente recuperação e integralização do calendário. Não podemos penalizar os estudantes, pois estes necessitam da garantia da continuidade dos estudos, a fim de evitar prejuízos iminentes em sua trajetória estudantil e acadêmica”, afirmou Karam.
Já a deputada Sofia ressaltou que as condições salariais, de trabalho, a manutenção do Plano de Carreira, entre outras pautas, levaram os professores, em assembleia geral, a definir por paralisar suas atividades e construir com o governo o atendimento de suas reivindicações. “Ocorre que o diálogo está extremamente dificultado e nos preocupa que seja garantido não só o atendimento das reivindicações, mas que os alunos possam ter o ano letivo finalizado de forma tranquila e pedagogicamente satisfatória”, disse a parlamentar.
O secretário disse que a posição do governo é de somente pagar após os dias recuperados e que a folha já havia sido rodada. Sofia lembrou ao titular da pasta que os professores estão desde 2015 com os salários pagos atrasados e parcelados. Também nesta segunda, a deputada entrou com uma representação junto ao Ministério Público de Contas solicitando procedimentos possíveis do órgão para que os professores não sejam prejudicados em sua vida funcional e os alunos tenham o seu direito aos dias letivos e a carga horária das disciplinas curriculares plenamente atendidos.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) calcula que é necessário recuperar 25 dias parados nas escolas que aderiam à greve. A secretaria encaminhou na última quinta-feira (19) um memorando às Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) com orientações sobre a elaboração do calendário de reposição das aulas.