Da Redação
Em fala à imprensa após se encerrar, às 17h, o prazo dado pelo juiz Sérgio Moro para que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se entregasse, a presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann, afirmou que ele irá permanecer no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (ABC), e não irá se entregar à Polícia Federal. Diante do sindicato, milhares de pessoas acompanham desde a manhã desta sexta-feira (6) um ato político que pede “resistência” ao ex-presidente.
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Gleisi considera que Lula não está descumprindo ordem judicial ao decidir permanecer no sindicato mesmo após o fim do prazo dado por Moro, porque essa não seria uma obrigatoriedade da decisão. “Eu queria deixar claro que não há por parte do presidente Lula nenhum descumprimento do mandado de prisão exarado pelo juiz Sérgio Moro. Ele tinha a opção dada pelo juiz de exercer essa opção. Não exerceu essa opção. Está aqui no Sindicato dos Metalúrgicos, de São Bernardo, um lugar público. O mundo sabe onde ele está. E aqui ele permanecerá junto com a militância”, disse.
A senadora diz ainda que ele irá aguardar manifestações da ONU e do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação a recursos apresentados pela sua defesa. “Exatamente porque o presidente não pode exercer o seu direito de recurso no prazo que ele ainda tinha, que a opção foi ficar aqui. Amanhã, Dona Marisa Letícia faria 67 anos. É o primeiro aniversário de Dona Maria que a família não estará com ela. Nós teremos uma missa amanhã de manhã, às 9h30, aqui no sindicato para fazer uma homenagem”.
Em entrevista concedida à TVT, o senador Roberto Requião (MDB) confirmou que Lula optou por não se entregar voluntariamente. “O presidente fica aqui, ele não está fugindo da Justiça. Está aguardando que uma ação dos seus advogados interrompa essa condenação arbitrária”, disse.
A expectativa agora é que a PF tenha que ir ao local para cumprir a ordem de prisão.
