Luís Eduardo Gomes
Após meses de tratativas com o diversos partidos, o ex-prefeito de Porto Alegre José Fortunati bateu o martelo nesta segunda-feira (2) e definiu que irá ingressar no PSB, partido pelo qual deverá concorrer ao Senado.
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Em conversa com o Sul21 nesta tarde, o ex-prefeito destacou que, quando se desfiliou do PDT, em novembro de 2017, a sua primeira opção já era ingressar no PSB. “Nesse campo de centro-esquerda, tem alguns partidos que estão mais afinados e eu sempre tive uma forte relação filosófica e política com o PSB”, disse Fortunati – o partido participou da base na Câmara de Vereadores de seu segundo governo em Porto Alegre.
Mas, como Fortunati nutria a expectativa de concorrer ao Senado e o partido já contava com a pré-candidatura de Beto Albuquerque, passou negociar com outras siglas. Contudo, recentemente voltou a tratar com o PSB, o que levou a executiva estadual da legenda a decidir que irá apresentar duas candidaturas ao Senado, a dele e a de Beto, mesmo mantendo a intenção de formar alianças a nível estadual.
Uma das possíveis alianças que estão sendo discutidas pelo PSB é justamente com o PDT, seu antigo partido, que tem em Jairo Jorge o pré-candidato ao governo do Estado, mas ainda não apresentou pré-candidatura ao Senado. Fortunati diz não ver problemas nessa possível aliança. “Eu deixei claro na minha nota de desfiliação do PDT que existiam questões relacionadas muito mais ao desgaste com a direção partidária do que com o partido propriamente dito. Se estar for a decisão do PSB, como estou chegando agora no partido, irei me submeter à decisão da maioria”, disse.
O ex-prefeito de Porto Alegre ainda diz que, por enquanto, prefere manter uma posição cautelosa, mas de respeito, quanto a possibilidade de o ex-ministro do STF Joaquim Barbosa ser o candidato do partido à presidência, pois ainda não conhece suas posições políticas. Por outro lado, avalia que estas eleições trarão um quadro de dificuldade para o debate político do ponto de vista partidário.
“Eu percebo um descontentamento muito forte depor parte da população. Na verdades, os partidos ainda não estão sendo considerados pela população. Nós teremos dificuldade em fazermos um debate realmente profundo e propositivo, não só o PSB, mas todos. Tenho a esperança que esse quadro eleitoral mude um pouco a medida que as eleições se aproximarem”.
