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14 de agosto de 2020
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19:43

21% dos professores de Porto Alegre precisam de auxílio emergencial, aponta pesquisa

Por
Luís Gomes
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21% dos professores de Porto Alegre precisam de auxílio emergencial, aponta pesquisa
21% dos professores de Porto Alegre precisam de auxílio emergencial, aponta pesquisa
Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação

A terceira etapa da pesquisa realizada pelo Comitê Popular Estadual de Acompanhamento da Crise Educacional no RS e pela Associação Mães & Pais pela Democracia sobre a situação da educação durante a pandemia do novo coronavírus, cujos resultados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (14), aponta que 21% dos professores de Porto Alegre dizem necessitar do auxílio emergencial nesse momento. Além disso, 51% disseram que a renda familiar caiu durante a pandemia — 45,9% disseram que permaneceu igual, 1,1% que aumentou, 0,7% que estão sem renda e 0,2% que estão recebendo apenas o auxílio emergencial.

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A terceira etapa da pesquisa, realizada por meio de um questionário online entre os dias 23 e 28 de julho, ouviu mil professores, diretores, supervisores e orientadores educacionais da rede pública municipal, estadual e privada da capital gaúcha.

Para 28,7% dos entrevistados, o ano escolar de 2020 deveria ser cancelado e recomeçado apenas em 2021, outros 23,8% disseram concordar em parte com essa possibilidade e 47,5% disseram não concordar.

Por outro lado, 73,3% disseram não concordar que as aulas devem retornar “de uma vez”, mas com rodízios para evitar salas aglomeradas, 15,7% disseram concordar em parte e 11% concordar com essa possibilidade.

A respeito da ordem de retorno das aulas presenciais, 65,6% dos entrevistados disseram que as aulas deveriam retornar pelo ensino superior.

A pesquisa aponta também que 85% dos entrevistados dizem estar trabalhando “muito mais do que antes” durante a pandemia.

Segundo Angela Spolidoro, coordenadora do Instituto Dakini, uma das entidades que compõem o Comitê, o debate nesse momento deve voltar-se às condições indispensáveis para o formato de aulas remotas em vigor. “É fundamental o acesso a equipamentos, a rede de internet banda larga, a uma rotina de trabalho que não leve nossos professores e professoras à exaustão e ao esgotamento”, disse, durante a apresentação da pesquisa.

Já Rafael Cortes, doutor em Filosofia e representante da Seção Sindical ANDES-UFRGS, outra entidade que compõe o Comitê, defendeu necessidade de que professores e demais membros da comunidade escolar sejam ouvidos para a tomada de decisões a respeito do retorno das aulas.

“As autoridades municipais e estaduais, devem traçar estratégias públicas realmente comprometidas com a garantia do direito à educação para estudantes da educação básica no período de pandemia”, disse.


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