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7 de agosto de 2020
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19:33

Pesquisa com 1,1 mil pais aponta que 89% defendem aguardar vacina para retorno das aulas em Porto Alegre

Por
Luís Gomes
[email protected]
Pesquisa com 1,1 mil pais aponta que 89% defendem aguardar vacina para retorno das aulas em Porto Alegre
Pesquisa com 1,1 mil pais aponta que 89% defendem aguardar vacina para retorno das aulas em Porto Alegre
Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação

O Comitê Popular Estadual de Acompanhamento da Crise Educacional no Rio Grande do Sul e a Associação Mães & Pais Pela Democracia divulgaram na manhã desta sexta-feira (7) os resultados de uma pesquisa realizada com 1.191 mães, pais e responsáveis de estudantes sobre o retorno das aulas em meio à pandemia do novo coronavírus. Realizada entre os dias 23 e 28 de julho por meio de um questionário online, a pesquisa aponta 89% dos respondentes consideram importante que o Estado forneça uma vacina gratuita e em massa para o retorno presencial às escolas em Porto Alegre.

Na apresentação dos dados, a socióloga Aline Kerber, presidenta da Associação Mães & Pais Pela Democracia e uma das responsáveis técnicas pela pesquisa, avaliou que os dados apontam cautela de pais e mães. “As mães e pais avaliam que os estudantes só devem voltar às aulas com vacina, testes de sintomáticos e em massa, redução dos casos de covid por 14 dias consecutivos”, disse.

A pesquisa apontou também que 70% dos pais ou responsáveis não aceitam e não veem o rodízio de alunos como medida suficiente para evitar aglomeração e que 60% deles indicaram que seus filhos perderam o interesse pelas aulas nesse período de aulas virtuais.

Sabrina Leal, responsável técnica pela pesquisa, alertou ainda que estes dados precisam ser analisados a partir da realidade concreta e da cultura do Brasil e chamou atenção para as situações que estão além das questões estruturais “É necessário entender que a escola é um espaço de socialização para as crianças e estudantes. É impossível pensar um retorno sem pensar o gesto afetivo do abraço”.

Para a doutora em Educação Margareth Simionato, presidenta da Associação de Escolas de Superiores de Formação de Profissionais do Ensino do RS (AESUFOPE), a pesquisa é importante porque revela dados oriundos de pessoas envolvidas no cotidiano da educação. “Os sujeitos da pesquisa são pessoas que estão no cotidiano das escolas sendo profissionais ou pais e mães nela atuantes e ligados. Os dados revelam realidades antes não contabilizadas, bem como as diferenças em acesso digital e estratégias de enfrentar a crise na educação que se aprofunda a cada dia”, afirmou.

Diretora do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa), Cindi Sandri destacou ainda que a rede pública municipal de Porto Alegre tem sido invisível para as políticas públicas nesse último período pela gestão municipal. “Fica fácil de compreender porque as pessoas sentem que o ano está perdido. É necessário reforço, e a realidade que está sendo divulgada pelo secretário municipal de Educação não existe. Essa pesquisa comprova isso”, disse.

Confira a apresentação dos resultados da pesquisa:


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