Geral
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9 de julho de 2019
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16:26

Que horas são? Prefeitura promete que, desta vez, relógios de rua voltam a funcionar em Porto Alegre

Por
Luís Gomes
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Que horas são? Prefeitura promete que, desta vez, relógios de rua voltam a funcionar em Porto Alegre
Que horas são? Prefeitura promete que, desta vez, relógios de rua voltam a funcionar em Porto Alegre
| Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação

Não se pode chamar de um serviço essencial, mas a desativação dos relógios de rua talvez seja um dos melhores símbolos da falta de planejamento e da dificuldade em se realizar licitações apresentadas pela gestão municipal de Porto Alegre nos últimos anos.

Era julho de 2015 venceu o contrato com a empresa Ativa, que por 20 anos operou o sistema de relógios de rua em Porto Alegre. Na ocasião, a Prefeitura, então sob o comando de José Fortunati, não tomou medidas para renovar o contrato ou fazer nova licitação do serviço. O que se sucedeu, a partir daí, foi uma série de licitações canceladas. A primeira delas, prevista inicialmente para outubro de 2015, foi adiada para janeiro do ano seguinte, quando deu deserta, isto é, nenhuma empresa mostrou interesse.

Uma nova licitação para os relógios de rua foi anunciada em maio de 2016, com prazo de entrega de propostas até 17 de junho. A licitação, porém, foi suspensa em razão de impugnações e questionamentos por parte das cinco empresas que manifestaram interesse no serviço. Um novo edital só veio a ser publicado em 25 de julho, fixando o prazo para abertura das propostas em 15 de setembro, depois adiado para outubro. De novo, não saiu do papel.

Com a troca de gestão e a posse do prefeito Nelson Marchezan Júnior, a promessa era de que os relógios de rua estariam inseridos em uma agenda de parcerias público privadas (PPPs) a ser lançada pela Prefeitura, que incluía também o mobiliário urbano, a iluminação pública, o Mercado Público, o Hospital Materno Infantil Presidente Vargas e o trecho 3 da Orla do Guaíba — nenhuma delas saiu, de fato, do papel até o momento.

Em entrevista ao Sul21 em 11 de junho de 2017, o então secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Bruno Vanuzzi, destacou que o objetivo era licitar a concessão da operação ainda no segundo semestre daquele ano. Porto Alegre, no entanto, continua até hoje sem algo tão prosaico e banal como relógios de rua.

Nesta terça-feira (9), contudo, a Prefeitura voltou a prometer que os relógios de rua devem ser reativados em breve. Segundo ela, quatro propostas foram apresentadas para concorrer ao edital, lançado em maio, de instalação e conservação de 168 relógios eletrônicos de rua em Porto Alegre.

As propostas devem agora ser analisadas pela Comissão de Licitação e, após definida a vencedora, a empresa ou o consórcio ganhador terá 45 dias para apresentar um protótipo de relógio de rua. A promessa é que o contrato seja assinado em setembro e que os aparelhos comecem a ser instalados antes do final do ano, com prazo de 24 meses para conclusão da instalação.

A novidade é que, depois de tanto tempo desativados, os relógios não informarão apenas a hora e a temperatura, mas também deverão ter câmeras de segurança, medidores de radiação solar e wi-fi gratuito.


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