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11 de dezembro de 2018
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10:49

Ato no Dia dos Direitos Humanos em Porto Alegre pede liberdade para Lula e justiça para Marielle

Por
Sul 21
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Mobilização pelo Dia Internacional dos Direitos Humanos caminhou da Esquina Democrática para Praça da Matriz | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Débora Fogliatto

Movimentos e partidos realizaram atos, nesta segunda-feira (10), para marcar os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em Porto Alegre, militantes se reuniram na Esquina Democrática com a pauta “Lula Livre, Marielle vive”, no final da tarde, enquanto ao longo do dia na Assembleia Legislativa ocorreu um seminário organizado pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos e pelo Conselho Estadual de Direitos Humanos (CEDH-RS). O evento foi encerrado com shows e apresentações culturais na Praça da Matriz, momento em que as duas iniciativas se encontraram.

Na Esquina Democrática, o Comitê Suprapartidário Lula Livre pela Democracia da Cidade Baixa fez falas para informar a população sobre as pautas. “No momento em que as forças fascistas chegam à presidência da república, defendemos a necessidade dos direitos humanos. A prisão  sem provas de Lula é política, que foi uma manobra com participação de membros do Judiciário, do juiz Sérgio Moro, que recebeu como prêmio o superministério”, afirmou a entidade em manifesto lido durante o ato.

Eles destacaram que tanto a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva quanto o assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSOL) foram ações com motivações políticas pelas quais se deve pedir justiça. “O assassinato de Marielle e [seu motorista] Anderson foi uma ação política para calar uma mulher que lutava pelos pobres e contra as discriminações. Queremos que os culpados sejam identificados e punidos. Lembramos também do assassinato de Mestre Moa do Katendê e de dois líderes do MST nesse final de semana, por dois encapuzados na Paraíba, que tem que ser solucionado o mais rápido possível”, colocaram.

Na Matriz, aconteceram apresentações culturais, como a da drag queen Charlene Voluntaire | Foto: Guilherme Santos/Sul21

O Comitê mencionou, ainda, que após o afastamento da presidenta Dilma Rousseff (PT), o combate à pobreza retrocedeu no país, assim como pautas relacionadas ao racismo, machismo, feminicídio, homofobia e trabalho escravo.

Na Assembleia, estas pautas também foram mencionadas durante o seminário, de acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos, Jeferson Fernandes (PT). “Convidamos movimentos que militam em defesa daquilo que consta na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Foi muito importante ouvir diferentes vozes, o mais rico foi a participação da plateia, ouvir movimentos de combate ao racismo, defesa de povos indígenas, das mulheres, LGBTs, crianças e adolescentes, então foi um encontro maravilhoso de convivência”, constatou.

O evento foi encerrado com shows na Praça da Matriz, para onde caminharam também os militantes que se concentraram na Esquina Democrática. “Chegamos à conclusão de que nós temos cada vez mais que dar as mãos, fazer reflexões e vir para a rua, vir para a praça”, apontou Jeferson. Os artistas que se apresentaram na Praça foram: Ana Felícia, que realizou uma ciranda de dança na volta da praça; o Coral Teko Vida Guarani; Nina Fola; Lili Fernandes; a drag queen Charlene Voluntaire; e Raul Elwangler, que convidou os músicos guarani para tocarem com ele.

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Foto: Guilherme Santos/Sul21
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