Da Redação
A Declaração Universal dos Direitos Humanos completou 70 anos nesta segunda-feira (10). Ela foi uma reação à barbárie que assolou o planeta durante a Segunda Grande Guerra Mundial e que deixou um rastro de milhões de mortos e feridos. Nas décadas que se seguiram a sua criação, um conjunto de legislações e tratados protetivos dos direitos humanos foram aprovados, criando um inédito arcabouço institucional de garantia de direitos em busca de um ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as nações. Nos últimos anos, porém, a memória da experiência da barbárie, presente no pós-guerra, parece ter enfrentado um progressivo enfraquecimento.
Passamos a conviver com violações de direitos no nosso cotidiano com uma naturalidade que parece não nos incomodar quanto deveria. Não precisa ir longe. Basta um olhar ao nosso redor, para ver cenas de direitos violados e sonegados. Selecionamos algumas destas cenas, registradas pelas lentes de Guilherme Santos e Joana Berwanger nos últimos meses para nos lembrarmos do quanto ainda estamos distantes de um dos ideais proclamadas pela Declaração Universal aprovada em 1948:
“Todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e à sua família saúde, bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis e direito à segurança em caso de desemprego, doença invalidez, viuvez, velhice ou outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de seu controle. A maternidade e a infância têm direito a cuidados e assistência especiais. Todas as crianças, nascidas dentro ou fora do matrimônio, gozarão da mesma proteção social”.
