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8 de março de 2018
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17:37

UFRGS encerra diálogo com movimentos negros após ocupação da reitoria

Por
Luís Gomes
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UFRGS encerra diálogo com movimentos negros após ocupação da reitoria
UFRGS encerra diálogo com movimentos negros após ocupação da reitoria
Estudantes ocuparam a Reitoria no final da tarde de quarta-feira | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) emitiu nota na manhã desta quinta-feira (8) informando que, em razão de um grupo de estudantes ligados a movimentos negros terem ocupado o prédio da reitoria, está encerrado o diálogo com os ocupantes a respeito da política de cotas raciais da instituição e das comissões de aferição da autodeclaração de cotistas aprovados no vestibular.

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Na nota, a reitoria destaca que a ocupação ocorreu no momento em que ocorria uma reunião envolvendo o reitor Rui Carlos Oppermann, membros da administração central da universidade, integrantes das comissões de autodeclaração e de movimentos negros. Apesar de informar que considera o diálogo como encerrado, também informa que manterá os pontos acordados na reunião. Diz a nota:

“- Reafirmado que o elemento predominante na avaliações é o FENÓTIPO do candidato e não dos avós, em qualquer instância da avaliação. O que a portaria 937 (que atualiza a portaria 800) faculta é que candidatos não homologados apresentem documentação comprobatória e adicional que julgarem relevante.

– Atende demanda anteriormente apresentada pelos movimentos negros de aumentar o número de avaliadores nas comissões e incluir a representação discente.

– Definido que o reitor receberá um único parecer com recomendação da Comissão Recursal por candidato.

– Acordada a formação de um grupo de trabalho plural com o objetivo de aprimorar o processo de verificação da veracidade das autodeclarações raciais”.

Além disso, a nota diz que o reitor Oppermann busco uma negociação pacífica para a desocupação, principalmente com o objetivo de garantir que as pessoas que estavam dentro do prédio no final da tarde de quarta-feira pudessem deixar o local com a integridade preservada. Segundo a reitoria, servidores foram impedidos de sair pelo grupo que protestava diante do prédio.

Por outro lado, os estudantes dizem que o reitor não esteve aberto ao diálogo e que a ordem para não liberar a saída de pessoas do prédio veio da segurança da UFRGS, não da manifestação.


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