Cidades
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11 de outubro de 2019
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20:13

Greve no Imesf é suspensa até quarta (16) para ‘dar tempo’ de Marchezan negociar

Por
Luís Gomes
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Greve no Imesf é suspensa até quarta (16) para ‘dar tempo’ de Marchezan negociar
Greve no Imesf é suspensa até quarta (16) para ‘dar tempo’ de Marchezan negociar
Trabalhadores do Imesf aprovam suspensão da greve até a próxima quarta | Foto: Divulgação/Sindisaúde

Da Redação

Em assembleia realizada diante da Prefeitura na tarde desta sexta-feira (11), trabalhadores do Instituto Municipal da Estratégia da Saúde da Família (Imesf) decidiram suspender a greve da categoria, iniciada no dia 9, até a próxima quarta-feira (16). A decisão tem por objetivo conceder um prazo ao prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB) para que ele aceite negociar com os sindicatos que representem os trabalhadores.

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Com a decisão, os trabalhadores “pagam para ver” o blefe do prefeito sobre a greve. Durante sua participação em um programa da Rádio Guaíba, nesta sexta, Marchezan disse que nenhum convite formal de negociação chegou a qualquer órgão da Prefeitura e que, se chegasse, o pedido seria analisado, mas só depois do encerramento da greve.

“O Município não questionou a legalidade da greve até o momento porque sabem que nossa luta é legítima. Vamos dar esse prazo a Marchezan para que ele nos receba. Se nada acontecer, quarta retomamos a greve”, disse o presidente eleito do Sindisaude-RS, Júlio Jesien.

Entenda a greve no Imesf

No dia 17 de setembro, o prefeito Marchezan apresentou um plano para terceirizar os serviços de atenção básica de saúde de Porto Alegre como resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 12 de setembro, que considerou o Imesf ilegal. Para o STF, o instituto criado em 2011 não é constitucional por se tratar de uma fundação pública de direito privado. Como consequência, a Prefeitura informou que deverá demitir todos os 1.840 funcionários do Imesf e dar baixa no CNPJ do instituto. Os trabalhadores reagiram cobrando do prefeito o que eles entendem como o resultado verdadeiro da decisão do STF, que é a exigência de contratação direta de servidores para a atenção básica. Eles cobram a incorporação dos atuais trabalhadores do Imesf à administração direta, a criação de uma fundação de direito público ou realização de concurso.

A greve dos trabalhadores foi aprovada em assembleia conjunta realizada no dia 2 de outubro, reunindo as representações do Sindisaúde, do Sindicato dos Enfermeiros do Estado do RS (Sergs), Sindicato dos Odontologistas do Estado do Rio Grande do Sul (Soergs) e do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde (Sindacs). Na ocasião, foi decidido que a greve iniciaria nesta quarta e teria duração de três dias, com a possibilidade de ser reavaliada.


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