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14 de maio de 2020
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17:02

Em artigo, general Mourão diz à imprensa como ela deve se comportar

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Sul 21
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Em artigo, general Mourão diz à imprensa como ela deve se comportar
Em artigo, general Mourão diz à imprensa como ela deve se comportar
General Hamilton Mourão | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Redação

O vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, repetiu, nesta quinta-feira (14), as críticas que o presidente Jair Bolsonaro tem feito à atuação da imprensa brasileira e detalhou como, na sua opinião, o setor deve se comportar. Em artigo intitulado “Limites e responsabilidades”, publicado no jornal O Estado de São Paulo, Mourão desfila críticas contra a imprensa, os poderes Legislativo e Judiciário, governadores, prefeitos e a oposição. Em relação à conduta da imprensa, o general afirma:

“A imprensa, a grande instituição da opinião, precisa rever seus procedimentos nesta calamidade que vivemos. Opiniões distintas, contrárias e favoráveis ao governo, tanto sobre o isolamento como a retomada da economia, enfim, sobre o enfrentamento da crise, devem ter o mesmo espaço nos principais veículos de comunicação. Sem isso teremos descrédito e reação, deteriorando-se o ambiente de convivência e tolerância que deve vigorar numa democracia”.

Mourão também critica o “prejuízo à imagem do Brasil no exterior decorrente das manifestações de personalidades que, tendo exercido funções de relevância em administrações anteriores, por se sentirem desprestigiados ou simplesmente inconformados com o governo democraticamente eleito em outubro de 2018, usam seu prestígio para fazer apressadas ilações e apontar o País “como ameaça a si mesmo e aos demais na destruição da Amazônia e no agravamento do aquecimento global”, uma acusação leviana que, neste momento crítico, prejudica ainda mais o esforço do governo para enfrentar o desafio que se coloca ao Brasil naquela imensa região, que desconhecem e pela qual jamais fizeram algo de palpável”.

Repetindo também a fala de Bolsonaro, o general critica “a maneira desordenada como foram decretadas as medidas de isolamento social.” “A economia do País está paralisada, a ameaça de desorganização do sistema produtivo é real e as maiores quedas nas exportações brasileiras de janeiro a abril deste ano foram as da indústria de transformação, automobilística e aeronáutica, as que mais geram riqueza. Sem falar na catástrofe do desemprego que está no horizonte. Enquanto os países mais importantes do mundo se organizam para enfrentar a pandemia em todas as frentes, de saúde a produção e consumo, aqui, no Brasil, continuamos entregues a estatísticas seletivas, discórdia, corrupção e oportunismo”.

No artigo, Mourão não assume qualquer responsabilidade pelos problemas que o país está enfrentando.

 


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