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13 de fevereiro de 2020
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21:48

Centrais protestam nesta sexta (14) pelo país contra desmonte do INSS

Por
Sul 21
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Centrais protestam nesta sexta (14) pelo país contra desmonte do INSS
Centrais protestam nesta sexta (14) pelo país contra desmonte do INSS
Trabalhadores esperam há meses para serem atendidos em busca da aposentadoria e outros benefícios. Foto: Arquivo/Agência Brasil

Da RBA

As centrais sindicais protestam nas sedes do INSS em diversos estados nesta sexta-feira (14), contra as filas na concessão de benefícios, que atingem quase 2 milhões de pedidos. O Dia Nacional contra o Desmonte da Previdência pretende alertar a população para as consequências da política de sucateamento adotada pelo governo.

Sem repor funcionários que se aposentam, o instituto vem perdendo a capacidade de analisar e atender pedidos de aposentadoria, auxílio-doença e salário-maternidade, dentro outros. O salário-maternidade, por exemplo, antes concedido em 20 minutos, atualmente tem levado um mês. O prazo legal é de até 45 dias.

Entre 2016 e 2019, o quadro de servidores caiu de 33 mil para 23 mil. Os funcionários que antes faziam o atendimento direto à população foram deslocados para funções internas.

A intenção do governo é “digitalizar” o atendimento, assim as filas para a concessão de benefícios não se tornam visíveis. Anteriormente, o trabalhador conseguia marcar atendimento até mesmo para o mesmo dia. Hoje, o agendamento do primeiro atendimento também pode levar meses.

“Eles colocaram o pessoal que atendia nos balcões das agências para fazer trabalhos de retaguarda, como se todos os brasileiros tivessem computador em casa e facilidade para usar canais remotos”, critica Vilma Ramos, diretora do Sindicato dos Trabalhadores do Seguro Social e Previdência Social no Estado de São Paulo, em entrevista a Marize Muniz, para o portal da CUT.

Modelo

Segundo o presidente da central, Sérgio Nobre, com o descaso do atual governo com as carreiras públicas, o risco é que o caos no INSS possa ser visto também nos demais serviços públicos. “A situação poderá se repetir em outros setores dos serviços públicos como saúde e educação, que já sofreram com cortes em recursos no primeiro ano da gestão do Bolsonaro.”

Depois da polêmica convocação de militares para atenderem os segurados, o governo anunciou que faria a convocação de servidores públicos aposentados. Contudo, a medida provisória prevista para ser editada nesta semana foi adiada, segundo o jornal O Globo.

Agenda

As manifestações contra o desmonte do Previdência ocorrerão em pelo menos 10 estados e no Distrito Federal. Em Porto Alegre, um ato está sendo convocado a partir das 7h na Travessa Mario Cinco Paus, no Centro da Capital.

 


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