Da Redação
O Sindicato dos Agentes da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (Ugeirm) criticou a proposta apresentada pelos deputados do Partido Novo, Fábio Ostermann e Giuseppe Riesgo, que acaba com a paridade entre ativos e inativos para todos os servidores estaduais, inclusive os policiais civis. A proposta foi apresentada na forma de uma emenda ao projeto encaminhado pelo governador Eduardo Leite (PSDB) à Assembleia Legislativa.
O texto da emenda apresentada pelos deputados do Novo afirma: “os proventos das aposentadorias concedidas nos termos do disposto nos artigos 1º e 2º desta lei Complementar serão reajustados nos termos estabelecidos para o Regime Geral de Previdência Social”. Os parlamentares ressaltam na justificativa do seu projeto: “Para não haver divergência de interpretação, tampouco extensão do direito à integralidade e à paridade ao policial civil e ao agente penitenciário”.
Em nota publicada no site da entidade, a Ugeirm afirma:
“O Partido Novo não perde uma oportunidade de se autoproclamar liberal. Mas como já é costume na classe política brasileira, é uma cópia malfeita da tradição liberal. Na visão desses deputados e desse partido, o Estado deve ser mínimo para os trabalhadores e generoso para os empresários e banqueiros. Isso explica as várias propostas de ataques a direitos dos servidores e o silêncio profundo quanto aos privilégios dos grandes empresários, como os incentivos fiscais recebidos do estado do RS”.
E acrescenta:
“O deputado Fabio Ostermann ataca a aposentadoria dos Policiais Civis, mas quando foi assaltado, fez vídeo nas redes sociais clamando por segurança pública, dizendo que “já passa da hora de priorizar a segurança pública”. Quando clama por segurança pública, o deputado deveria saber que os (as) Policiais Civis estão recebendo salários atrasados há 5 anos. Deveria lembrar que os mesmos profissionais que arriscam sua vida para garantir a segurança de todos (as) os (as) gaúchos (as), inclusive de parlamentares que acham que eles são privilegiados, terão seus salários e aposentadorias reduzidas com as propostas que os deputados do Novo defendem na Assembleia Legislativa”.