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13 de novembro de 2019
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17:25

Policiais civis iniciam paralisação de dois dias contra ‘pacote do retrocesso’ de Leite

Por
Luís Gomes
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Policiais se concentram na frente do Palácio da Polícia em primeiro dia de paralisação da categoria | Foto: Giulia Cassol/Sul21

Da Redação

Policiais civis iniciaram na manhã desta quarta-feira (13) uma paralisação de dois dias contra o pacote de medidas que o governador Eduardo Leite (PSDB) está apresentando com mudanças nas carreiras e na Previdência dos servidores públicos estaduais. A orientação da Ugeirm, sindicato que representa os agentes da Civil, é de que as viaturas permaneçam paradas nas delegacias entre às 8h desta quarta e às 18h de quinta-feira (14).

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Nesta manhã, a direção do sindicato e diversos membros da categoria se concentraram nos arredores do Palácio da Polícia, em Porto Alegre, para conversar com a população sobre o impacto que o pacote de medidas trará para a segurança pública no Rio Grande do Sul. A avaliação de Fábio Castro, vice-presidente da Ugeirm, é de que os dois dias de paralisação terão grande adesão dos policiais civis. “A expectativa é que a paralisação vai atingir 100% da categoria, porque o ataque é muito forte. Então, vai ser uma das mais fortes nos últimos anos”, diz.

A ideia é que os agentes realizem só o atendimento prioritário nesses dois dias  | Foto: Giulia Cassol/Sul21

Castro também avalia que a mobilização desta semana vai servir como termômetro para a mobilização que a categoria pretende fazer quando os projetos do governador forem à votação na Assembleia Legislativa. “A gente está para chamar assembleia com indicativo de greve. A tendência é que, durante a votação do pacote, se nada modificar por parte do governo, a polícia esteja em greve, a polícia”, afirma.

Nesta quinta, os policiais civis devem participar de um ato unificado com outras categorias do serviço público gaúcho em protesto contra o que chamam de “pacote do retrocesso”.

A orientação do sindicato é para que os agentes atendam apenas ocorrências policiais de Maria da Penha com pedido de medidas protetivas, crianças vítimas, homicídios, estupros, prisões e furto/roubo de veículos, não atendendo, por exemplo, casos de recuperação ou devolução de veículos. Da mesma forma, o chamado é para que os agentes não produzam diligências externas como intimações, buscas e levantamento de locais.

Foto: Giulia Cassol/Sul21

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