Da Redação
O bancada do MDB na Assembleia Legislativa divulgou nota na tarde desta quarta-feira (27) dizendo que, da forma como as mudanças no plano de carreira do magistério foram apresentadas pelo governador Eduardo Leite (MDB), o partido não concorda com a proposta. A bancada de oito deputados, a maior da base aliada do governador, pede mais tempo para avaliação e o aperfeiçoamento da proposta.
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“Da forma que foi encaminhada, não concordamos com a proposta que prevê alterações na carreira do magistério. Entendemos que será necessário um profundo e amplo diálogo com os parlamentares e com a categoria, no sentido de aprimorar o projeto e deixá-lo atrativo para os professores. Pela importância e complexidade das matérias, entendemos ser necessário um prazo mais amplo para deliberarmos. A bancada do MDB entende sua importância para a eventual construção de maioria no Parlamento, o que reforça a necessidade de plena compreensão das proposições, bem como um possível aperfeiçoamento das mesmas”, diz a nota, que é assinada pelos deputados estaduais Fábio Branco, Carlos Búrigo, Edson Brum, Gabriel Souza, Gilberto Capoani, Sebastião Melo, Tiago Simon e Vilmar Zanchin. Segundo a nota, o posicionamento do MDB foi encaminhado para o chefe da Casa Civil do governo do Estado.
Na terça-feira (26), a Comissão de Educação da Assembleia aprovou um pedido de realização de reunião de mediação entre o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) e o governo do Estado. De acordo com a presidente da Comissão, deputada Sofia Cavedon (PT), isso deve ocorrer na próxima terça-feira (3). Sofia também defende que o governo deveria tirar o regime de urgência do pacote de reforma administrativa para que as mudanças no plano de carreira possam ser melhor debatidas. “Os professores querem o direito de debater ponto por ponto as propostas de Leite e querem apresentar as suas, mas não há diálogo por parte do governo”, diz.