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26 de novembro de 2019
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13:33

Guedes pediu para jornalistas não publicarem informação sobre AI-5, recebeu negativa e ironizou a fala

Por
Sul 21
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Guedes pediu para jornalistas não publicarem informação sobre AI-5, recebeu negativa e ironizou a fala
Guedes pediu para jornalistas não publicarem informação sobre AI-5, recebeu negativa e ironizou a fala
Ministro da Economia, Paulo Guedes. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil)

Revista Forum

Na entrevista em Washington a jornalistas brasileiros e estrangeiros, ocorrida na noite desta segunda-feira (25), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse, quando se pronunciou pela primeira vez sobre um novo AI-5 que estava falando em “off” – quando entrevistados pedem aos jornalistas para omitirem seu nome ou não publicarem a informação.

Com a cobertura feita em tempo real, os jornalistas afirmaram que a entrevista era em “on”, ou seja, que tudo dito ali seria publicado. Mais tarde, quando perguntado sobre a possibilidade de implementação de um novo AI-5, Guedes foi irônico.

““É inconcebível, a democracia brasileira jamais admitiria, mesmo que a esquerda pegue as armas, invada tudo, quebre e derrube à força o Palácio do Planalto, jamais apoiaria o AI-5, isso é inconcebível. Não aceitaria jamais isso. Está satisfeita?”, respondeu, gesticulando os braços e mostrando irritação com a pergunta.

Questionado se estava ironizando os jornalistas, o ministro lançou nova ironia. “Isso é uma ironia ministro, o senhor está nos ironizando? De forma alguma”.

Medo do Lula
Guedes continuou a ironia ao ser indagado se Jair Bolsonaro apresentou o projeto de lei incluindo o excludente de ilicitude em operações para Garantia da Lei e da Ordem (GLO) por medo do ex-presidente Lula.

“Vem cá, o senhor está com medo do Lula? Aparentemente digo que não, ele só pediu o excludente de ilicitude. Não está com medo nenhum, coloca um excludente de ilicitude. Vamos embora”, ironizou Guedes, respondendo como se estivesse perguntando a Bolsonaro.

O ministro, que considerava o Chile como a “Suíça da América Latina”, admitiu na entrevista que Bolsonaro impôs freio ao seu projeto neoliberal após os protestos contra as políticas econômicas de governos simpáticos, como o de Sebastián Piñera no Chile, na região.

Guedes afirmou que o “instinto político” do presidente apontou que o mais prudente seria não fazer muitas reformas seguidas e repensar o “timing” proposto inicialmente, ressaltando que ele tem uma visão “um pouco diferente”.

Com informações do Valor Econômico


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