Da Redação
O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (12), em reunião com parlamentares no Palácio do Planalto, a saída do PSL. Segundo informaram deputados que participaram do encontro ao UOL, ele deve migar para o partido Aliança Brasil, ainda a ser criado.
Presente no encontro, o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) disse que pelo menos 30 parlamentares do PSL devem migrar para a nova legenda junto com Bolsonaro.
Há meses em desavenças na legenda que o elegeu, o presidente teria informado a fontes próximas ainda em outubro que deixaria o PSL. O racha ficou evidente quando foi divulgado um vídeo em que ele fala para um apoiador “Esqueça o PSL” e que o deputado federal Luciano Bivar, presidente do partido, “está queimado para caramba”. Um dos motivos para o racha é a disputa pelo controle do fundo partidário ao que a legenda terá direito.
A decisão de Bolsonaro é vista como uma medida para tentar se afastar das denúncias do uso de laranjas e de caixa 2 pelo partido nas eleições de 2018. No entanto, o nome mais envolvido é o do ministro Marcelo Álvaro Antônio (PSL), acusado de usar candidaturas de fachada em Minas Gerais para desviar dinheiro para a sua campanha, mas ele segue prestigiado pelo presidente.
Para a criação do novo partido, Bolsonaro e seus apoiadores precisam colher quase 500 mil assinaturas de eleitores não filiados a outras legendas e entregá-las ao Tribunal Superior Eleitoral. A Aliança pelo Brasil só poderá participar das eleições de 2020 se tiver concluído esse processo até março de 2020. Caso isso não seja feito a tempo, o presidente não precisa se filiar a um novo partido antes de buscar a sua reeleição, mas seus aliados que desejarem participar do pleito das eleições municipais deverão permanecer no PSL ou procurar outra sigla habilitada.
