Últimas Notícias>Política
|
16 de outubro de 2019
|
11:35

Deltan Dallagnol se reuniu secretamente com bancos réus em ação da Petrobras nos EUA

Por
Luís Gomes
[email protected]
Deltan Dallagnol se reuniu secretamente com bancos réus em ação da Petrobras nos EUA
Deltan Dallagnol se reuniu secretamente com bancos réus em ação da Petrobras nos EUA
Deltan Dallagnol. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Da RBA

O procurador Deltan Dallagnol reuniu-se com bancos que são réus em processo movido por acionistas dos Estados Unidos contra a Petrobras. Há pouco mais de dois meses, o The Intercept Brasil havia publicado conversas via aplicativo Telegram revelando que algumas instituições financeiras que entraram na oferta de ações da BR Distribuidora ou coordenaram a operação na Bovespa, em julho, também podiam ter estado com o procurador do Ministério Público Federal responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba.

Agora, a hipótese de conflito de interesses se agrava. Segundo informa o site Consultor Jurídico, o encontro secreto ocorrido entre Dallagnol e os bancos, patrocinado pela XP Investimentos, colocou-o à mesma mesa em que estavam partes possivelmente com interesses no processo – no qual a Petrobras acordo desembolsar US$ 3 bilhões para quitar a reclamação.

A lista informada por uma consultora da XP traz, segundo o Conjur: JP Morgan; Morgan Stanley; Barclays; Nomura; Goldman Sachs; Merrill Lynch; Cresit Suisse; Deutsche Bank; Citibank; BNP Paribas; Natixis; Societe Generale; Standard Chartered; State Street Macquarie; Capital; UBS; Toronto Dominion Bank; Royal Bank of Scotland; Itaú; Bradesco; Verde e Santander, conforme o Intercept.

O portal especializado em assuntos de Justiça acrescente ainda que os bancos réus na ação coletiva contra a Petrobras nos Estado Unidos seria: BB Seguradora; Citigroup; J.P. Morgan; Itaú BBA USA Securities; Morgan Stanley; HSBC Securities; Mitsubishi UFJ Securities;, Merrill Lynch; Pierce, Fenner & Smith; Standard Chartered Bank; Bank of China (Hong Kong); Bradesco BBI; Banca IMI S.p.A. and Scotia Capital (USA); e PricewaterhouseCoopers (“PwC Brazil”). Os nomes em destaque são os das instituições financeiras que estão na lista de convidados do encontro com Dallagnol e que são arroladas como rés.

Os bancos são parte da ação por terem dado aval a condutas da Petrobras que foram questionadas pelos acionistas, mas pelas quais só a Petrobras pagou. Os bancos citados não entraram na vaquinha da indenização negociada. Deltan Dallagnol alegou que não houve conflito de interesse, porque o encontro secreto com os bancos na capital paulista não teria discutido discutiu a ação que corria nos Estados Unidos – tratou apenas de “pauta anticorrupção”.


Leia também
Compartilhe:  
Assine o sul21
Democracia, diversidade e direitos: invista na produção de reportagens especiais, fotos, vídeos e podcast.
Assine agora