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30 de agosto de 2019
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17:34

Em ato unificado, Sintergs pede que Leite cumpra decisão que impede parcelamento de salários

Por
Sul 21
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Sintergs foi uma das entidades que participou do ato promovido pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (MUS). Foto: Luiza Castro/Sul21

Annie Castro

No final da manhã desta sexta-feira (30), a manifestação dos estudantes secundaristas em defesa da educação pública uniu-se ao ato promovido pelo Movimento Unificado dos Servidores Públicos do Rio Grande do Sul (MUS) em frente ao CAFF – Centro Administrativo Fernando Ferrari, em Porto Alegre, onde o funcionalismo estadual manifestava-se contra o atraso e acúmulo de folhas salariais.

Sem receber os salários em dia há quase quatro anos e com expectativa de ter o vencimento de julho quitado somente em setembro, o funcionalismo também utilizou a manifestação para pressionar o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS) a cobrar do governador Eduardo Leite (PSBD) o cumprimento da determinação judicial que impede que o Estado realize o parcelamento dos salários de servidores de nível superior do Poder Executivo e das autarquias.

“O poder Judiciário está se abstendo, cruzando os braços. O presidente do Tribunal de Justiça está cruzando os braços frente ao que está acontecendo no Estado, porque tem decisão judicial e ele não obriga o governador a cumprir”, afirmou afirmou Nelcir Andre Varnier, presidente do Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Rio Grande do Sul (Sintergs), uma das entidades que participou da manifestação.

Para presidente do Sindicato, políticas de Leite e Bolsonaro irão “piorar a situação, fazendo com que mais pessoas estejam à margem da sociedade”. Foto: Luiza Castro/Sul21

Para o vice-presidente do Sintergs, Joanes da Rosa, o ato unificado entre sindicatos, servidores e estudantes é uma forma de chamar mais atenção do governo do Estado e do poder Judiciário. “Acho que só um movimento dessa amplitude pode sensibilizar tanto o governo, que vem sistematicamente com esses salários atrasados, quanto o próprio Judiciário, que não toma um providência no sentido de que haja um cumprimento das decisões que eles mesmos tomaram para que não haja atraso de salários”, disse Rosa.

A manifestação também serviu para denunciar as políticas do governador Eduardo Leite (PSDB) e do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Estamos em uma busca incessante de unificar todos aqueles que estão sendo atingidos por essa política do governo estadual e do federal, porque elas são similares, procuram retirar direitos e diminuir o Estado”.  Para o presidente do Sintergs, as políticas de Leite e Bolsonaro não irão resolver os problemas vivenciados pela população brasileira atualmente, mas irão “piorar a situação, fazendo com que mais pessoas estejam à margem da sociedade”, enquanto setores como o financeiro passarão a deter mais riquezas. “Não tem crise. A crise é só para uns e, ainda, para alguns setores a crise não existe”, disse Varnier.

Para Rosa, hoje o Brasil enfrenta uma série de ataques aos direitos dos trabalhadores e dos estudantes, o que faz com que se torne cada vez mais importante a união de diferentes parcelas da população. “Hoje estamos vivendo o maior descalabro da história desse país. Temos corte de verbas, perseguição de cientistas e servidores públicos, uma reforma da Previdência que vem contra os interesses da própria sociedade, toda a questão ambiental que estamos vivendo hoje. É o momento de todos os sindicatos, associações, estudantes estarem unidos contra tudo isso que hoje está existindo aqui”.

Foto: Luiza Castro/Sul21
Foto: Luiza Castro/Sul21
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