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24 de julho de 2019
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13:21

Policiais invadem reunião de planejamento de ato contra Bolsonaro em Manaus

Por
Luís Gomes
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Policiais invadem reunião de planejamento de ato contra Bolsonaro em Manaus
Policiais invadem reunião de planejamento de ato contra Bolsonaro em Manaus
Imagens feitas durante a reunião de movimentos sindicais e sociais | Foto: Divulgação/Sinteam

Da Redação

Lideranças de movimentos sociais e sindicais realizavam uma reunião na sede do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas (Sinteam), na tarde de terça-feira (23), para organizar um ato contra a visita de Jair Bolsonaro (PSL) a Manaus quando foram surpreendidas pela entrada de três agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no local.

Segundo informou o sindicato ao jornal local A Crítica, dois dos três policiais estavam armados com fuzis e ficaram no local por cerca de 20 minutos, fazendo perguntas aos participantes da reunião sobre quem estava envolvido e quem seriam as lideranças do protesto.

“Eles disseram que estavam ali a mando do Exército Brasileiro. Conversamos com eles muito tranquilamente e deixamos claro que protestar é permitido no Brasil livre. E eles informaram que estavam ali cumprindo o papel deles”, disse o secretário de finanças do Sinteam, Cléber Ferreira, ao jornal amazonense. “No momento que vivemos, com o governo que está aí, a presença da polícia dentro de uma entidade sindical é uma óbvia intimidação”, complementou.

Ao jornal Folha de São Paulo, a presidente do sindicato, Ana Cristina Rodrigues, disse que é a primeira vez no estado que agentes federais interrompem um reunião do movimento sindical para questionar seus objetivos. “É muito preocupante, porque o nosso direito de expressar fica cerceado. Mas não estamos intimidados e vamos fazer nosso ato pacífico na quinta-feira”, afirma a sindicalista.

Segundo o Sinteam, o ato tem como pauta a defesa da Amazônia e da Zona Franca de Manaus. A Zona Franca será um dos temas da visita de Bolsonaro ao estado, nesta quinta-feira (25). O Comando Militar da Amazônia (CMA) nega que tenha determinado a ação dos policiais e a PRF não informou o motivo da ação.


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