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26 de julho de 2019
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23:09

Manuela confirma que fez a ponte entre suposto hacker e Glenn Greenwald

Por
Luís Gomes
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Manuela confirma que fez a ponte entre suposto hacker e Glenn Greenwald
Manuela confirma que fez a ponte entre suposto hacker e Glenn Greenwald
Manuela D’Ávila em imagem de arquivo | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação 

A ex-deputada Manuela D’Ávila (PCdoB) confirmou no início da noite de sexta-feira (26) que fez a ponte entre o suposto hacker responsável pelo vazamento de conversas de procuradores da Lava Jato e o jornalista Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil.

A Globo News divulgou nessa sexta o conteúdo vazado de Walter Delgatti Neto, acusado de hackear o Telegram de diversas autoridades, em que ele disse que conseguiu o contato do jornalista por meio da ex-deputada, a quem ele também disse ter hackeado.

Em nota, Manuela afirmou que percebeu que teve o seu aplicativo Telegram invadido no dia 12 de maio e que o suposto hacker entrou em contato com ela para dizer que tinha informações de interesse do país. Ela afirma que repassou o contato de Greenwald para o invasor, mas que desconhece a sua identidade.

Confira a nota na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Tomando ciência, pela imprensa, de alusões feitas ao meu nome na investigação de fatos divulgados pelo “The Intercept Brasil”, e por me encontrar no exterior em atividades programadas desde o início do corrente ano, esclareço que:

1. No dia 12 de maio, fui comunicada pelo aplicativo Telegram de que, naquele mesmo dia, meu dispositivo havia sido invadido no Estado da Virginia, Estados Unidos. Minutos depois, pelo mesmo aplicativo, recebi mensagem de pessoa que, inicialmente, se identificou como alguém inserido na minha lista de contatos para, a seguir, afirmar que não era quem eu supunha que fosse, mas que era alguém que tinha obtido provas de graves atos ilícitos praticados por autoridades brasileiras. Sem se identificar, mas dizendo morar no exterior, afirmou que queria divulgar o material por ele coletado para o bem do país, sem falar ou insinuar que pretendia receber pagamento ou vantagem de qualquer natureza.

2. Pela invasão do meu celular e pelas mensagens enviadas, imaginei que se tratasse de alguma armadilha montada por meus adversários políticos. Por isso, apesar de ser jornalista e por estar apta a produzir matérias com sigilo de fonte, repassei ao invasor do meu celular o contato do reconhecido e renomado jornalista investigativo Glenn Greenwald.

3. Desconheço, portanto, a identidade de quem invadiu meu celular, e desde já, me coloco a inteira disposição para auxiliar no esclarecimento dos fatos em apuração. Estou, por isso, orientando os meus advogados a procederem a imediata entrega das cópias das mensagens que recebi pelo aplicativo Telegram à Polícia Federal, bem como a formalmente informarem, a quem de direito, que estou à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos sobre o ocorrido e para apresentar meu aparelho celular à exame pericial.

MANUELA D’AVILA
26/07/2019


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