Da Redação*
Lançada na última quarta-feira (17) na Assembleia Legislativa (AL-RS) por iniciativa da deputada Luciana Genro (PSOL), a Frente Parlamentar em Defesa da Moradia Popular Digna quer fazer um diagnóstico da situação da habitação no Estado e de acompanhar as ocupações por moradia urbana no Rio Grande do Sul. O objetivo é acompanhar a situação de ocupações ameaçadas com ações judiciais de reintegração de posse, mas também aquelas que estão em processo de regularização.
“Não temos a pretensão de resolver o problema, que é gigantesco, mas de constituir um espaço de escuta no Parlamento e colaborar na intermediação de soluções”, diz deputada.
Luciana defende que investimentos em políticas públicas para a área habitacional devem ser prioridade no Rio Grande do Sul diante de um déficit de moradias estimado em pelo menos 350 mil unidades — não há números oficiais sobre o tamanho do déficit no RS. “É preciso investir e garantir políticas públicas para a área habitacional, com ações concretas para oferecer moradia digna a quem não tem condições de pagar os altos preços dos aluguéis”, afirma.
Secretário estadual de Obras e Habitação, José Stédile (PSB) concorda que o tema deve ser prioridade no Estado e afirma que 90% dos esforços de sua parta são destinados às questões habitacionais. “Trato o tema como uma prioridade, pois sei bem o que se passa nas periferias de nossas cidades”, diz. Segundo ele, a secretaria está fazendo um levantamento das áreas irregulares no Estado e tem como meta regularizar 200 mil moradias em quatro anos.
A frente contou com a assinatura de 19 deputados estaduais para ser criada.
*Com informações da agência de notícias da AL-RS