Assessora especial do ministro Paulo Guedes, Daniella Marques Consentino, foi a responsável pelo encerramento da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira (4) em meio à troca de farpas entre o chefe e o deputado Zeca Dirceu (PT/PR).
Diante da inércia do deputado Felipe Francischini (PSL), Daniella pressionou o parlamentar, que é presidente da Comissão, a encerrar a sessão dizendo a ele que “nada sobre constitucionalidade estava sendo debatido ali”. A conversa vazou no microfone, segundo informações da coluna Painel, de Daniela Lima, na edição desta quinta-feira (4) da Folha de S.Paulo.
A assessora do ministro ainda foi retida pela Polícia Legislativa ao tentar impedir a deputada Maria do Rosário (PT/PR) de falar com Guedes, segundo informações de Bela Megale, no jornal O Globo. Como Daniella não quis se identificar, a parlamentar petista pediu que a Polícia Legislativa a retesse.
Daniella – que é chefe da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do ministério da Economia e braço direito de Guedes – só foi liberada após intervenção do procurador-geral da Fazenda José Levi, e o secretário da Previdência e Trabalho Rogério Marinho.
A sessão
A sessão na CCJ começou tensa a partir da chegada do ministro Paulo Guedes. “Gastamos R$ 700 bilhões com a Previdência, nosso passado, e R$ 70 bilhões com a educação, nosso futuro”, afirmou Guedes. Na semana passada, temendo que não seria protegido por deputados aliados, o ministro se absteve da mesma sessão.
Ao ser provocado inúmeras vezes, respondeu de forma exaltada. Após discussão com o deputado Zeca Dirceu (PDT), o presidente da comissão, Felipe Francischini, encerrou os trabalhos.