Da Redação*
Geovani Doratiotto, presidente municipal do PT de Atibaia (SP), que teve o braço quebrado por um policial militar durante o carnaval vai passar por uma cirurgia nesta quarta-feira (6). A companheira de Geovani, Pham Dal Bello, afirmou em seu Facebook que a lesão foi mais grave do que o inicialmente diagnosticado.
“Queridos amigos, tô passando para dizer que infelizmente a lesão no braço do Geovani foi mais grave do que o primeiro diagnóstico fornecido pela Santa Casa. Ele será operado hoje e peço para que cada amigo e companheiro de luta torça por nós neste momento tão difícil”, disse.
O petista foi agredido pela Polícia Militar neste domingo (3), quando participava de um bloco de Carnaval e teria sido provocado por apoiadores de Bolsonaro por conta de sua camiseta, que trazia a frase “Lula Livre”. Geovani e Pham foram xingados, ofendidos e ele foi agredido fisicamente.
Ao ir registrar o ocorrido na delegacia, eles voltaram a ser vítimas de agressões, por parte dos próprios PMs, que algemaram Geovani e, quando questionados sobre a ação, um deles quebrou o braço do petista. “Meu companheiro teve o braço quebrado por um policial por questionar as lesões e uso de duas algemas, quebraram o úmero e ele perdeu o movimento dos dedos”, relatou Pham.
Também em suas redes, ela conta estar recebendo apoio da direção nacional do PT após o ocorrido. A presidenta Gleisi Hoffmann entrou em contato com Pham e o partido lançou uma nota sobre o episódio, afirmando que o PT encaminhou pedido formal de providências ao governador João Dória, e “noticiou o crime de lesão corporal grave ao Ministério Público do Estado de São Paulo para que tomem as devidas providências contra os agressores”.
“E, por reconhecer que o problema da violência policial é estruturante em nosso país, o Ministério Público Federal também foi cientificado deste episódio, por meio de notificação encaminhada à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, para que também adote as medidas que entenda cabíveis”, colocou o partido.
Na tarde desta segunda (5), segundo o portal Uol, pelo menos quatro policiais militares foram afastados do serviço de patrulhamento das ruas após o episódio. A informação do afastamento dos PMs foi confirmada pelo ouvidor da polícia do estado de São Paulo, Benedito Mariano. “De acordo com a Corregedoria da PM, eles ficarão afastados até a conclusão da investigação.”
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou em nota que a PM instaurou um inquérito policial militar para apurar a conduta dos agentes envolvidos na ocorrência.
*Com informações da Revista Fórum e do Uol