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6 de março de 2019
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14:30

Dirigente municipal do PT que teve braço quebrado por PM passará por cirurgia

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Sul 21
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Dirigente municipal do PT que teve braço quebrado por PM passará por cirurgia
Dirigente municipal do PT que teve braço quebrado por PM passará por cirurgia
Geovani Doratiotto, presidente do PT de Atibaia, é agredido por bolsonaristas e PMs | Foto: Reprodução

Da Redação*

Geovani Doratiotto, presidente municipal do PT de Atibaia (SP), que teve o braço quebrado por um policial militar durante o carnaval vai passar por uma cirurgia nesta quarta-feira (6). A companheira de Geovani, Pham Dal Bello, afirmou em seu Facebook que a lesão foi mais grave do que o inicialmente diagnosticado.

“Queridos amigos, tô passando para dizer que infelizmente a lesão no braço do Geovani foi mais grave do que o primeiro diagnóstico fornecido pela Santa Casa. Ele será operado hoje e peço para que cada amigo e companheiro de luta torça por nós neste momento tão difícil”, disse.

O petista foi agredido pela Polícia Militar neste domingo (3), quando participava de um bloco de Carnaval e teria sido provocado por apoiadores de Bolsonaro por conta de sua camiseta, que trazia a frase “Lula Livre”. Geovani e Pham foram xingados, ofendidos e ele foi agredido fisicamente.

Ao ir registrar o ocorrido na delegacia, eles voltaram a ser vítimas de agressões, por parte dos próprios PMs, que algemaram Geovani  e, quando questionados sobre a ação, um deles quebrou o braço do petista. “Meu companheiro teve o braço quebrado por um policial por questionar as lesões e uso de duas algemas, quebraram o úmero e ele perdeu o movimento dos dedos”, relatou Pham.

Também em suas redes, ela conta estar recebendo apoio da direção nacional do PT após o ocorrido. A presidenta Gleisi Hoffmann entrou em contato com Pham e o partido lançou uma nota sobre o episódio, afirmando que o PT encaminhou pedido formal de providências ao governador João Dória, e “noticiou o crime de lesão corporal grave ao Ministério Público do Estado de São Paulo para que tomem as devidas providências contra os agressores”.

“E, por reconhecer que o problema da violência policial é estruturante em nosso país, o Ministério Público Federal também foi cientificado deste episódio, por meio de notificação encaminhada à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão, para que também adote as medidas que entenda cabíveis”, colocou o partido.

Na tarde desta segunda (5), segundo o portal Uol, pelo menos quatro policiais militares foram afastados do serviço de patrulhamento das ruas após o episódio. A informação do afastamento dos PMs foi confirmada pelo ouvidor da polícia do estado de São Paulo, Benedito Mariano. “De acordo com a Corregedoria da PM, eles ficarão afastados até a conclusão da investigação.”

A Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou em nota que a PM instaurou um inquérito policial militar para apurar a conduta dos agentes envolvidos na ocorrência.

*Com informações da Revista Fórum e do Uol


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