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13 de fevereiro de 2019
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21:00

PSOL representa contra PSL por denúncias de candidaturas laranjas

Por
Luís Gomes
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PSOL representa contra PSL por denúncias de candidaturas laranjas
PSOL representa contra PSL por denúncias de candidaturas laranjas
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno, é um dos alvos de representação | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Redação

A bancada do PSOL na Câmara entrou nesta quarta-feira (13) com duas ações para cobrar investigações sobre as denúncias de uso de candidaturas laranjas pelo PSL nas eleições de 2018. O partido de Jair Bolsonaro é suspeito de usar candidaturas de fachada para burlar o dispositivo legal que exige que cada coligação deve ter ao menos 30% de candidaturas femininas.

A primeira ação é um Requerimento de Convocação na Câmara para que o ministro Gustavo Bebianno, titular da Secretaria-Geral da Presidência de Jair Bolsonaro e ex-presidente do PSL durante o pleito, preste esclarecimentos no plenário da Câmara a respeito da denúncia de que Maria de Lourdes Paixão, candidata do partido a deputada federal por Pernambuco, recebeu R$ 400 mil do fundo eleitoral do partido, mas obteve apenas 274 votos, o que seria um indício de possível desvio de recursos públicos. Reportagem do jornal Folha de S. Paulo apontou que 95% dos recursos destinados a Paixão foram gastos em apenas uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinho e aproximadamente 1,7 milhão de adesivos.

A segunda ação é uma representação junto a Procuradoria Geral da República (PGR) contra o PSL pelas denúncias do uso de laranjas em Pernambuco e também em Minas Gerais. Os alvos da representação são Bebianno, o presidente do PSL e deputado federal Luciano Bivar e o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, que presidiu a legenda em Minas, onde as suspeitas pairam sob a candidatura de Érika Siqueira, que recebeu R$ 250 mil do fundo e obteve apenas 1.315 votos.

Para o PSOL, há fortes suspeitas de possível utilização de candidaturas femininas laranjas visando fraudar a exigência da legislação eleitoral. “O preenchimento da cota eleitoral de gênero por ‘candidaturas femininas laranjas’ implica o esvaziamento do dispositivo legal, criado para corrigir o déficit histórico da sub-representação feminina no cenário político brasileiro”, diz a representação do partido.


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