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11 de janeiro de 2019
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16:49

Professores estaduais perderam um quarto do poder de compra em quatro anos, diz Cpers

Por
Luís Gomes
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Professores estaduais perderam um quarto do poder de compra em quatro anos, diz Cpers
Professores estaduais perderam um quarto do poder de compra em quatro anos, diz Cpers
Cartaz pede reposição salarial durante assembleia do Cpers em 2017 | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação

Durante os quatro anos de governo de José Ivo Sartori (MDB), os professores e funcionários de escolas estaduais não tiveram um real de reajuste. Enquanto isso, a inflação acumulada no período, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), chegou a 25,23%, sendo 3,43% nos últimos doze meses. Essa perda de um quarto do poder de compra dos profissionais neste quadriênio representa que eles têm capacidade para comprar o equivalente a três quartos do que compravam antes de Sartori tomar posse. Em nota, o Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul (Cpers) diz que o “empobrecimento causa sofrimento psíquico e adoecimento” na categoria.

Para além da falta de reajuste e da perda de poder de compra, os professores e funcionários de escola, bem como outras categorias do funcionalismo estadual, estão há 37 meses enfrentando salários parcelados ou atrasados e três anos com 13º parcelado.

“A opção política de Sartori – fazer caixa penalizando o funcionalismo e a qualidade dos serviços públicos – levou servidores(as) a contraírem sucessivos endividamentos, já que muitos são obrigados a ‘comprar’ a própria remuneração com juros no início de cada mês, esgotando suas opções de crédito”, diz o Cpers em nota.

Nesta quinta-feira (10), o Ministério da Educação (MEC) anunciou reajuste de 4,17% no Piso do Magistério para 2019, subindo para R$ 2.557,74. Vale salientar que, até o ano passado, o governo estadual vinha reajustando o valor do completivo do piso do magistério, isto é, uma quantia destinada a aqueles que ganham abaixo do piso para que ninguém ganhe menos do que ele, mas não afeta os cálculos salariais dos demais. De acordo com informações do governo do Estado, 35,6% da categoria recebia o completivo no início de 2018.

O governo de Eduardo Leite (PSDB) ainda não se posicionou se irá reajustar o completivo em 2019. A respeito do salário-base da categoria, o secretário estadual da Educação, Faisal Karam, disse, em entrevista publicada por GaúchaZH no início da semana, que conceder reajuste para os professores “não está no radar”.


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