Da Redação
A deputada estadual eleita Luciana Genro (PSOL) apresentou, em encontro com ao governador Eduardo Leite (PSDB), as pautas em defesa da educação, da segurança pública, do funcionalismo público, das mulheres, das pessoas LGBTs e dos mais vulneráveis, a serem trabalhadas pelo seu mandato na Assembleia Legislativa. O encontro aconteceu nesta segunda-feira (21) no Palácio Piratini.
Embora estejam em espectros políticos diferentes, Luciana destacou a disposição para o diálogo de Leite. Desde a semana passada, o governador já se reuniu com 20 parlamentares de diversos partidos.
“O governador demonstra uma vontade genuína de diálogo com os parlamentares, o que é muito positivo. Espero que esta disposição também se desdobre em diálogo com os servidores – pois, sem eles, não há governo que funcione – e em projetos que atendam as demandas dos que mais precisam de apoio do poder público. O PSOL será uma oposição dura, porém leal e construtiva”, afirmou a deputada eleita sobre o encontro.
Uma das questões em que há divergência entre os dois partidos é em relação ao funcionalismo público, especialmente após Leite anunciar a revisão do plano de carreira, principalmente o do magistério, para a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal.
“Não aceito pedir sacrifícios para os de baixo enquanto os de cima não fizerem o sacrifício dobrado”, defendeu Luciana. A deputada eleita mostrou ao governador um contracheque de um servidor da área técnica da saúde para ilustrar casos em que funcionários ganham baixos salários e destacou a Frente Parlamentar para Análise da Situação dos Salários de Valor Abaixo do Mínimo Legal, uma iniciativa do deputado Pedro Ruas, também do PSOL, que seguirá sendo defendida por Luciana.
Outro ponto em que a divergência entre PSOL e PSDB é a pauta das privatizações, as quais foram iniciadas pelo governo de José Ivo Sartori( MDB). Leite já defendeu a privatização de estatais como a Companhia Riograndense de Mineração (CRM), a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) e a Sulgás.
A deputada destacou pautas prioritárias para o PSOL, como o ressarcimento da Lei Kandir, a auditoria da dívida e a revisão e transparência dos benefícios fiscais concedidos a grandes empresas. Luciana mencionou também as pautas relativas à defesa de uma educação sem censura, em contraposição ao projeto “Escola com Mordaça” e propôs a criação de uma comissão especial dentro da Comissão de Direitos Humanos para debater o aumento da violência contra as mulheres e LGBTs, especialmente a população trans.
