A Comissão de Ética Pública da Presidência da República rejeitou a denúncia movida pelo PSOL contra a nomeação de Antônio Mourão, filho do vice-presidente da República, Hamilton Mourão, a assessor especial da presidência do Banco do Brasil. A decisão pelo arquivamento, tomada de forma unânime em reunião, ocorreu nesta segunda-feira (21), de acordo com informações do jornal Valor Econômico.
O presidente do PSOL, Juliana Medeiros, havia apresentado, logo após o anúncio da promoção de Antônio Mourão, uma representação à Comissão afirmando a decisão como contrária “aos princípios que devem orientar a administração pública”.
À RBA, o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Wagner Nascimento, e funcionários do BB também mostraram-se indignados com a nomeação que, segundo eles, viola o Código de Ética da instituição financeira e correspondente a nepotismo.
No entanto, na visão do colegiado, a promoção de Antônio Mourão não evidencia a prática de favorecimento político, isso porque segundo o entendimento apresentado, o filho do vice-presidente é concursado há 18 anos e preenche os requisitos para o cargo.
Promovido a executivo do banco, Antônio Mourão passará a receber R$ 36 mil, ante os cerca de R$ 12 mil que recebia pelo cargo de assessor empresarial.