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18 de janeiro de 2019
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15:25

Apoio de Bolsonaro à oposição venezuelana coloca Brasil em risco de guerra, diz Fuser

Por
Sul 21
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Apoio de Bolsonaro à oposição venezuelana coloca Brasil em risco de guerra, diz Fuser
Apoio de Bolsonaro à oposição venezuelana coloca Brasil em risco de guerra, diz Fuser
Bolsonaro (PSL) se reuniu nesta quinta-feira (17), em Brasília, com líderes da oposição na Venezuela. (Foto: Alan Santos/PR)

Rede Brasil Atual

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) se reuniu nesta quinta-feira (17), em Brasília, com líderes da oposição na Venezuela e representantes de países do Grupo de Lima e dos Estados Unidos. Para o professor de Relações Internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) Igor Fuser, o Brasil se envolve em uma “aventura sem necessidade” ao apoiar o movimento oposicionista no país vizinho.

De acordo com ele, a ofensiva contra o governo de Nicolás Maduro é feita por uma “oposição golpista” e guiada pelo governo norte-americano. O professor alerta que Bolsonaro coloca o Brasil em risco de se envolver numa guerra civil venezuelana.

“Eles estão em uma ofensiva para derrubar Maduro, que foi eleito democraticamente em 2017. É uma oposição antidemocrática, e o governo brasileiro vai contra o principio de respeito à soberania nacional de outros países. É uma deriva muito perigosa colocar o Brasil em uma rota de intervenção na Venezuela”, afirma, ao jornalista Rafael Garcia, na Rádio Brasil Atual.

Um dos motivos apontados pelo especialista que justifica o interesse dos Estados Unidos no território venezuelano é o fato de o país latino-americano ser dono de uma das maiores reservas de petróleo no mundo.

Entretanto, ele argumenta que os Estados Unidos têm uma política de hegemonia global e não aceitam um governo contrário aos seus interesses. “Mesmo que a Venezuela não tivesse uma gota de petróleo, eles seriam alvo dos americanos. Os Estados Unidos não aceitam um país latino-americano soberano, por isso se envolvem nas políticas dos outros países para que os governos sejam subalternos, como fizeram durante as ditaduras no Brasil e Chile”, explica.


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