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30 de novembro de 2018
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13:28

Dilma pede que termos da ‘delação implorada’ de Palocci venham a público

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Sul 21
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Dilma pede que termos da ‘delação implorada’ de Palocci venham a público
Dilma pede que termos da ‘delação implorada’ de Palocci venham a público
Palocci fechou acordo com a Polícia Federal de Curitiba que dá direito à prisão domiciliar e redução da pena | Foto: Arquivo EBC

Da RBA

O ex-ministro Antonio Palocci foi liberado nesta quinta-feira (29) da cadeia às custas de “inverdades”, acusações sem provas e “entregando o que a Lava Jato queria ouvir para acusar Lula”, na opinião da ex-presidenta Dilma Rousseff e do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS). Em nota, a ex-presidenta pede que os termos da “delação implorada do senhor Palocci, enfim, venham a público”.

Nesta semana, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) concedeu a Palocci, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro no âmbito da Operação Lava Jato, a redução de sua pena e o direito de cumpri-la em prisão domiciliar, após ter fechado um acordo de delação com a Justiça em que acusa, principalmente, Lula de ter recebido recursos ilícitos da Odebrecht.

“A ânsia do senhor Palocci de sair da prisão não legitima suas mentiras e artimanhas”, diz Dilma, acusada pelo ex-ministro de ter angariado pagamentos ilegais para criação de medidas provisórias durante seu mandato. Com o acordo, Palocci fica sentenciado a uma pena de 9 anos e 10 dias, ante os 12 anos e 2 meses de prisão a que havia sido condenado inicialmente.

Em um vídeo divulgado nesta sexta-feira (30), o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta, considerou a decisão do TRF4 mais uma prova dos métodos da Lava Jato, de manipular as investigações e acusações com objetivo político de perseguir Lula.

“Diga o que eu quero ouvir que eu te coloco em liberdade. Esse método a Lava Jato aprendeu nos Estados Unidos. Para ela, crime compensa, criminosos são transformados em herói, saem mais ricos e vivem uma vida de bilionário. Tudo isso porque disseram aquilo que Sérgio Moro queria ouvir”, criticou o deputado em referência ao futuro ministro do governo de Jair Bolsonaro (PSL), que em outubro, durante as eleições, divulgou parte da delação.

“Isso se chama justiça seletiva, usar a Justiça para o projeto de poder, manipulando as pessoas, comprando delações, oferecendo vantagens indevidas para incriminar inocentes”, avaliou Paulo Pimenta.

A delação de Palocci também é criticada pela diferença em que foi fechada, na comparação com a maioria das colaborações feitas por outros condenados, em que se acorda com o Ministério Público, não com a Polícia Federal de Curitiba, como é o caso do ex-ministro. O deputado observa que a delação omite setores da mídia, como a Globo, e instituições financeiras – que, no ano passado, estavam na mira dos apontamentos feitos por Palocci.

Confira a nota de Dilma

A Assessoria de Imprensa de Dilma Rousseff repudia as mentiras declaradas pelo senhor Antonio Palocci, que obteve prisão domiciliar promovendo inverdades.

Em 21 de junho, o desembargador João Pedro Gebran Neto, do TRF-4, já havia sentenciado que não cabia o exame detido do conteúdo das declarações prestadas pelo senhor Palocci. E sentenciou: “Tampouco o momento da homologação é adequado para aferir a idoneidade dos depoimentos dos colaboradores”.

Desde abril, a imprensa noticia as inverdades do senhor Palocci, em sua busca desesperada pela liberdade, agora convertida em prisão domiciliar. Às vésperas das eleições, divulgou-se nova onda de mentiras, sem que nenhuma prova tivesse sido apresentada.

É importante que os termos da delação implorada do senhor Palocci, enfim, venham a público para que suspeitas possam ser rebatidas com a força da verdade.

Dilma Rousseff estará sempre do lado da justiça para que a verdade prevaleça. A ânsia do senhor Palocci de sair da prisão não legitima suas mentiras e artimanhas.

Assessoria de imprensa
Dilma Rousseff


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