Da Redação
A direção estadual do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) de Pernambuco emitiu um comunicado neste sábado (27) sobre a detenção de um de seus dirigentes. De acordo com o MST, Jaime Amorim foi detido pela Polícia Militar e levado para a delegacia da Polícia Federal quando fazia panfletagem no centro de Caruaru. Ainda segundo o movimento, Amorim foi alvo de agressão e ameaças por parte de um homem, que se apresentou como policial, não estava em serviço e sacou uma arma direcionando-a para os militantes.
De acordo com o Brasil de Fato, Amorim foi liberado cerca de duas horas depois do ocorrido. O advogado Patrick Mariano, ouvido pelo BdF, explica que não existe nada de ilegal na distribuição de um jornal na véspera das eleições. Mesmo que fosse material de campanha, não seria crime. “Não há nenhuma ilegalidade ou forma de enquadrar como crime eleitoral. Até as 22h de hoje é permitida a campanha”, disse o advogado. De acordo com a publicação, o militante distribuía o jornal quando foi detido.
João Pedro Stédile, da direção nacional do MST, denunciou o ocorrido em sua conta no Twitter. “Democracia em risco. Não vamos nos intimidar”, escreveu ele, que também prestou solidariedade a Amorim e seus familiares.
É gravíssima a prisão do dirigente do MST Jaime Amorim que estava fazendo panfletagem no centro de Caruaru/PE, e foi preso por policiais https://t.co/sSz8FNeOMy policial fora da hora de serviço causou uma confusão e sacou uma arma. Democracia em risco. Não vamos nos intimidar.
— João Pedro Stédile (@stedile_mst) 27 de outubro de 2018