Coligação de Haddad pede à PF investigação sobre ‘indústria de mentiras’ de Bolsonaro

Por
Luís Gomes
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Coligação de Haddad pede à PF investigação sobre ‘indústria de mentiras’ de Bolsonaro
Coligação de Haddad pede à PF investigação sobre ‘indústria de mentiras’ de Bolsonaro
Coligação de Haddad e Manuela entrou com pedido de investigação sobre divulgação de notícias falsas | Foto: Guilherme Santos/Sul21

Da Redação

A assessoria jurídica da coligação O Povo Feliz de Novo, da chapa presidencial de Fernando Haddad (PT) e Manuela D’Ávila (PCdoB), ingressou na manhã desta quinta-feira (18) com um pedido de investigação junto à Polícia Federal a respeito do que considera ser uma “indústria de mentiras e incitação à violência nas rede sociais” pela campanha de Jair Bolsonaro (PSL). O pedido aponta quatro eixos de supostas irregularidades: “a utilização deliberada de notícias sabidamente falsas (as fake news); a doação não declarada de verbas do exterior; propaganda eleitoral paga na internet e, por fim, a utilização indevida do WhatsApp”.

O documento elaborado pela assessoria da coligação embasa o pedido com a informação de que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) já ordenou a retirada do ar de mais de 100 links com notícias consideradas falsas contra a chapa e que teriam sido compartilhados mais de 146 mil vezes nas redes sociais. Também disso, também acusa do próprio Bolsonaro e seus filhos de repetirem “mentias, boatos e fake news” contra Haddad.

Também pede que a PF investigue a possibilidade de que a campanha de Jair Bolsonaro esteja atuando em conjunto com estrangeiros sem transparência e sem prestação de contas, o que configuraria uma doação de fonte vedada. Ainda pede investigação sobre a possível contratação de uma rede coordenada de páginas e perfis de redes sociais para promover Bolsonaro e atacar Haddad, bem como sobre a utilização indevida do WhatsApp. “Há fortes indícios de que uma estrutura de desinformação vem sendo utilizada pela campanha de Bolsonaro ou por pessoas a ela ligadas para criar e propagar fake news”, diz nota publicada no site do PT.

Mais cedo, o PT já havia emitido uma nota pedindo investigação sobre a denúncia feita em reportagem publicada nesta quinta pelo jornal Folha de S.Paulo sobre o envolvimento de empresários na contratação de agências responsáveis por disparar milhões de mensagens pelo WhatsApp.

“Os métodos criminosos do deputado Jair Bolsonaro são intoleráveis na democracia. As instituições brasileiras têm a obrigação de agir em defesa da lisura do processo eleitoral. As redes sociais não podem assistir passivamente sua utilização para difundir mentiras e ofensas, tornando-se cúmplices da manipulação de milhões de usuários. O PT levará essas graves denúncias a todas as instâncias no Brasil e no mundo. Mais do que o resultado das eleições, o que está em jogo é a sobrevivência do processo democrático”, diz a nota.


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