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17 de julho de 2018
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21:20

Municipários de Porto Alegre suspendem greve após Câmara entrar em recesso

Por
Luís Gomes
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Assembleia do Simpa aprovou o encerramento da greve nesta terça (17) | Foto: Divulgação /Simpa

Luís Eduardo Gomes

Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira (17), o Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) decidiu encerrar a greve da categoria iniciada na última semana em protesto contra os projetos do governo Marchezan que haviam sido encaminhados para votação na Câmara de Vereadores. Com a derrota do governo, por 22 a 6, no projeto que alterava as regras para a remuneração dos servidores e a entrada dos vereadores em recesso nesta segunda, o sindicato decidiu suspender a paralisação, convocando uma nova assembleia para o próximo dia 26, data em que voltará a analisar a situação em antecipação à retomada dos trabalhos na Câmara, prevista para o início de agosto.

Um dos diretores do Simpa, Alberto Terres explica que a deliberação pelo encerramento da greve se dá pela avaliação de que o momento agora é de “retornar para a categoria” para avaliar a situação e manter as condições para a mobilização quando os vereadores retornarem ao trabalho, em 1º de agosto. A nova assembleia da categoria já está marcada para o dia 26, 18h, na Casa do Gaúcho. A expectativa é de que, quando os trabalhos forem retomados, a Câmara aprecie primeiramente o projeto que muda as regras da previdência municipal, cuja discussão iniciou na segunda, mas foi interrompida diante do falecimento do pai do presidente da Casa, vereador Valter Nagelstein (MDB), o que levou ao encerramento da sessão.

Contudo, Terres avalia que as eleições que se avizinham podem interferir nas votações da Casa, visto que, dos 36 vereadores, pelo menos 20 serão candidatos. Para Terres, o Simpa foi vitorioso até o momento justamente por conseguir convencer vereadores até da base de Marchezan de que as políticas de ataque aos servidores também são um ataque às políticas públicas. “Nós, para além da mobilização da categoria, estamos conversando com todos os vereadores e, nesse jogo de xadrez, discutimos todas as possibilidades, que vão desde a questão técnica, o prejuízo que representa para a cidade a tentativa de retirar os direitos históricos da categoria, a conjuntura política”, afirma.

Municipários votam na assembleia do Simpa | Foto: Divulgação/Simpa

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