Da Redação
O Ministério Público do Rio Grande do Sul abriu um inquérito civil para apurar irregularidades na venda de ações do Banco do Estado, o Banrisul. A apuração está a cargo da Promotoria de Justiça Especializada Criminal de Porto Alegre – Combate aos Crimes Licitatórios.
Segundo o documento expedido pelo MP, com data de 1º de julho, o inquérito tem por objetivo “investigar supostas irregularidades praticadas pelo Banrisul e pelo Estado do Rio Grande do Sul, tendo em vista a venda de um lote com 2.974.500 Ações Ordinárias (ON), que integravam o Patrimônio do Banrisul”.
Cada ação teria sido vendida a R$ 17,65, totalizando um montante de R$ 52.499.925,00. O leilão ocorreu em abril deste ano. O MP afirma ainda que o preço é “significativamente abaixo do praticado no mercado, com prejuízo de enorme monta ao patrimônio público”. As ações ainda dão direito a voto.
O inquérito tem como investigados o próprio Banrisul e o governo de José Ivo Sartori (MDB). O documento diz que o representante da ação é “sigiloso”. O site do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul, porém, informa que a denúncia foi encaminhada pelo próprio SindBancários e pela Fetrafi (Federação dos Trabalhadores em Instituições Financeiras).
Na nota publicada no site, o sindicato diz que chamou a atenção de que o leilão não tenha tido a comunicação de “fato relevante” ao mercado. Outro fator que não teria sido explicado, segundo a entidade, seria a contratação do banco BMG Pactual para a transação na bolsa de valores, sendo que o banco do Estado possui corretora própria.