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3 de abril de 2018
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18:39

General da reserva defende intervenção militar caso Lula seja eleito em outubro

Por
Sul 21
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General da reserva defende intervenção militar caso Lula seja eleito em outubro
General da reserva defende intervenção militar caso Lula seja eleito em outubro
Lula em um dos atos de sua caravana pela região Sul | Foto: Ricardo Stuckert/Divulgação

Da Redação

O general da reserva Luiz Augusto Schroeder Lessa defendeu que, se caso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja autorizado a concorrer nas eleições de outubro e venha a vencer o pleito, o país passe novamente por uma intervenção militar. A informação foi publicada nesta terça-feira (3), pelo jornal O Estado de S. Paulo.

“Se acontecer tanta rasteira e mudança da lei, aí eu não tenho dúvida de que só resta o recurso à reação armada. Aí é dever da Força Armada restaurar a ordem. Mas não creio que chegaremos lá”, teria declarado Lessa.

Na semana passada, à Rádio Bandeirantes, de Porto Alegre, o mesmo general fez previsões sobre o que pode acontecer no cenário político do país, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida manter o habeas corpus que impede a prisão de Lula e decida impedir prisões após condenação em segunda instância. A votação volta a ocorrer nesta quarta (4).

“Vai ter derramamento de sangue, infelizmente é isso que a gente receia”, disse ele, acrescentando que a crise será “resolvida na bala”. Lessa ainda acusou o STF de agir como “indutor da violência” e “propagador da luta fratricida” caso entenda que Lula deve esperar pelas próximas instâncias livre.

O general não é o primeiro oficial a defender publicamente a volta de um governo militar como solução para o país. Em setembro do ano passado, quando ainda estava na ativa, o General Antonio Mourão, já havia se pronunciado neste sentido, sem qualquer punição. Quando se aposentou, no início deste ano, Mourão homenageou Carlos Alberto Brilhante Ustra, torturador reconhecido e que chegou a ser condenado por crimes de lesa-humanidade, embora nunca tenha sido preso.

As declarações de solução à bala de Lessa, vem ainda poucos dias depois de dois ônibus que viajavam em uma caravana com Lula terem sofrido ataques de tiros, no interior do Paraná.


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