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14 de março de 2018
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18:49

Servidores são reprimidos em frente à Câmara de Vereadores de São Paulo

Por
Sul 21
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Servidora ferida é socorrida por colegas (Foto: Reprodução/Mídia Ninja)

Rede Brasil Atual

Milhares de trabalhadores compareceram em frente a Câmara, alguns deles acamparam lá nesta noite. Após forte resistência dos manifestantes, A PM de São Paulo, comandada pelo governador Geraldo Alckmin e a Guarda Civil Metropolitana (GCM), a mando do prefeito João Doria, ambos do PSDB atacou com violência milhares de servidores públicos municipais que foram hoje (14) à Câmara dos Vereadores da capital paulista protestar contra o Projeto de Lei (PL 621/2016). A matéria versa sobre alterações na previdência dos servidores que vão dificultar o acesso à aposentadoria dos trabalhadores. Foi o primeiro dia em que a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara passou a tratar do substitutivo.

As cenas de violência começaram ainda dentro da CCJ, no Auditório Freitas Nobre. Muitos servidores que conseguiram entrar no local gritavam em coro pedindo a retirada do projeto da pauta. Diferentes vereadores pediram para retirar a matéria de votação, ou mesmo suspender, já que o substitutivo, de 80 páginas, foi entregue nesta manhã pelo relator Caio Miranda (PSB), que deu parecer favorável à matéria.

Como os pedidos de adiamento ou suspensão foram vencidos, o presidente da Comissão, Aurélio Nomura (PSDB) ordenou que o relator lesse as 80 páginas da matéria. Os presentes intensificaram as manifestações e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) passou ao ataque. No início do tumulto, pelo menos uma funcionária pública, professora, foi atingida com violência.

Os vereadores decidiram transferir a sessão para o Plenário 1º de Maio, onde o vereador João Jorge (PSDB) tentou ler o relatório de Miranda de forma acelerada, impedindo mesmo a compreensão dos presentes. Foi neste momento, que a Tropa de Choque da Polícia Militar chegou e, do lado de fora, disparou uma bateria de bombas de gás lacrimogênio.

Após a dura repressão, os servidores buscaram abrigo em ruas próximas ou se reagruparam na mesma avenida, um pouco distante da área do conflito. “Não tem arrego”, gritavam em coro a todo momento.


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