Da Redação
A oposição tentou de diversas formas impedir que o Regime de Recuperação Fiscal (RRF) fosse a votação na Assembleia Legislativa, mas após a queda de sua última cartada, a liminar na Justiça que suspendia a tramitação do PLC 249, a matéria começou a ser votada no final da tarde desta quarta-feira (7).
O RRF começou a ser apreciada no dia 22 de dezembro, mas sequer chegou a ter uma emenda votada porque tanto a situação como a oposição optaram por não votar a matéria na época. O governo preferiu fazer uma convocação extraordinária para votar a matéria e os projetos que autorizam as privatizações das estatais CEEE, Sulgás e CRM entre os dias 29 e 31 de janeiro, mas estas sessões foram encerradas sem que os deputados concluíssem ao menos a discussão sobre a ordem na qual os projetos deveriam ser votados. A expectativa era de que a matéria começasse a ser apreciada nesta terça (6), mas a oposição obteve na noite de segunda (5) uma liminar no Tribunal de Justiça determinando a suspensão da sessão de votação do PLC 249 ao acatar o argumento de que o governo não havia apresentado a documentação necessária para que os deputados pudessem apreciar a matéria. Essa decisão foi revertida no início da tarde desta quarta.
A previsão inicial é de que a sessão desta quarta se estenda até as 21h20, mas Santos pode protelar as deliberações. Até o momento, foram apresentadas 21 emendas ao projeto, e a expectativa é que o governo não tente apresentar um requerimento para derrubar sua apreciação e ir direto para a votação do projeto, o que indica que o debate e a votação do PLC deve se estender madrugada adentro ou por vários dias. Caso Santos opte por não convocar uma nova sessão nesta quarta, o colégio de líderes voltará a se reunir na manhã desta quinta (8) para deliberar a continuidade da votação.