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21 de dezembro de 2017
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21:20

Oposição promete agenda unificada contra Marchezan para ‘mudar radicalmente a condução da cidade’

Por
Sul 21
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A gestão de Nelson Marchezan Júnior (PSDB) está na mira da oposição em 2018 | Foto: Maia Rubim/Sul21

Cristiano Goulart

Os partidos de oposição da Câmara de Vereadores de Porto Alegre pretendem organizar, em 2018, assembleias por bairros para unificar entidades representativas e movimentos populares contra o projeto de Governo do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB). A pretensão do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Partido Socialismo e Liberdade (PSol), que possuem seis das 38 cadeiras da Casa, é reunir, nas assembleias, clubes de mães, escritores, associações de moradores, conselhos municipais, municipários em uma plataforma contra a agenda de Marchezan.

Segundo a líder da oposição na Câmara Municipal, Fernanda Melchiona (Psol), a ideia é unificar as entidades. A vereadora afirma ainda que a atual postura do prefeito pode custar o cargo do líder do Executivo à frente da Município: “A única forma de ter uma questão mais propositiva é mudar radicalmente a condução da cidade. Eu falava que, vendo essa situação do Governo Marchezan, a ausência de transparência, descumprimento de decisões judiciais, desrespeito com a cidade, ataque aos servidores, maquiagem dos dados, abandono de Porto Alegre, essa postura de guri mimado, eu acho que tem risco, sim, de um governo como ele não acabar com o mandato”, defende a vereadora.

Fernanda Melchiona (PSol), líder da oposição na Câmara Municipal. Foto: Guilherme Santos/Sul21

Na tarde desta quinta-feira (21) a oposição da Câmara Municipal apresentou um balanço das ações realizadas durante o ano pela bancada. Durante o encontro, também foi divulgado o número de trabalhadores que ocupam Cargos em Comissão (CC) no Município. De acordo com os dados levantados pela bancada no Portal Transparência da cidade, o número de CCs passou de 685 em janeiro para 761 em outubro deste ano, representando um aumento de 11% no período.

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Os vereadores também destacaram as derrotas, no legislativo, de projetos do Executivo municipal, como o decreto que pretendia acabar com a segunda passagem gratuita nos ônibus da Capital e o que, reenviado, pretende alterar o regime de trabalho dos servidores da cidade. A líder do PT na Câmara, vereadora Sofia Cavedon, afirma que a intenção da oposição não é inviabilizar a gestão do prefeito Marchezan, mas fiscalizar o cumprimento da legislação e defender as conquistas sociais: “Ou o prefeito entra em acordo com a legislação ou ele vai ter que responder porque não cumprir lei é crime. E nós temos muitas legislações não cumpridas pelo prefeito municipal. Nós não somos do ‘quanto pior, melhor’ para Porto Alegre, (…) nós trabalhamos para o melhor para a cidade. E o que o prefeito tem feito, querendo privatizar, é fazer com que tudo fique bem pior”, defende.

A reportagem do Sul21 solicitou à assessoria de imprensa do Município, no final da tarde, uma resposta do prefeito Nelson Marchezan Júnior às declarações da oposição na Câmara. Até o momento, não houve manifestação do líder do Executivo.

Marcelo Sgarbossa (PT) será o líder da oposição na Câmara em 2018. Foto: Guilherme Santos/Sul21

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