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3 de julho de 2017
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20:10

Ex-ministro de Temer, Geddel Vieira Lima é preso na Bahia pela Polícia Federal

Por
Sul 21
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Ex-ministro de Temer, Geddel Vieira Lima é preso na Bahia pela Polícia Federal
Ex-ministro de Temer, Geddel Vieira Lima é preso na Bahia pela Polícia Federal
Ex-ministro de Temer foi preso preventivamente acusado de atrapalhar investigações | Foto: Roosewelt Pinheiro/Agência Brasil

Da Redação

A Polícia Federal prendeu na tarde desta segunda-feira (3) o ex-ministro do governo Michel Temer (PMDB), Geddel Vieira Lima, na Bahia. Ele deixou o governo depois que o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, denunciou que Geddel havia tentando interferir na decisão do Instituto do Patrimônio Arquitetônico Nacional (Iphan), na construção de uma obra em Salvador, em proveito próprio.

Na metade de junho, Geddel havia entregado o passaporte e abriu o sigilo bancário, para o Supremo Tribunal Federal (STF), antecipando-se a um possível pedido de prisão do Ministério Público Federal (MPF).

Em nota, o MPF diz que a prisão de hoje se baseia em informações passadas por Lúcio Bolonha Funaro e Francisco de Assis e Silva, os dois vinculados ao acordo de delação premiada do grupo J&F, dono da JBS, dentro da Operação Greenfield. No pedido encaminhado à Justiça, o MPF diz que Geddel teria agido com intenção de atrapalhar as investigações da Polícia Federal, tentando evitar acordos de delação de Funaro e do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), garantindo que ambos recebessem “vantagens indevidas”.

O pedido de prisão preventiva encaminhado pelo Ministério Público Federal, cita mensagens que Geddel trocou entre maio e junho com a esposa de Funaro, por celular. A informação, publicada no site do órgão, diz: “Nas mensagens, o ex-ministro, identificado pelo codinome ‘carainho’, sonda a mulher do doleiro sobre a disposição dele em se tornar um colaborador do MPF. Para os investigadores, os novos elementos deixam claro que Geddel continua agindo para obstruir a apuração dos crimes e ainda reforçam o perfil de alguém que reitera na prática criminosa. Por isso, eles pediram a prisão como medida cautelar de proteção da ordem pública e da ordem econômica contra novos crimes em série que possam ser executados pelo investigado”.

Geddel é o quinto preso preventivo das investigações da Operação Sépsis Cui Bono, junto a Eduardo Cunha, Lúcio Funaro, André Luiz de Souza e o também ex-ministro de Temer e Dilma Rousseff (PT), Henrique Eduardo Alves (PMDB). Acusados de integrar uma organização criminosa dentro da Caixa Econômica Federal, relacionada a esquema de propina e recursos para a construção do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro.

O MPF diz que foi constatado “intensa” participação de Geddel no esquema, em conversas ainda de 2012. O esquema beneficiaria sete empresas e um partido político, a holding da JBS entre elas.


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