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28 de junho de 2016
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19:33

Justiça Federal irá ouvir Eliseu Padilha na quinta-feira em ação de improbidade

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Sul 21
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Justiça Federal irá ouvir Eliseu Padilha na quinta-feira em ação de improbidade
Justiça Federal irá ouvir Eliseu Padilha na quinta-feira em ação de improbidade
Ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha calcula que mais de 80% dos deputados do PMDB votarão pelo ajuste fiscal (Elza Fiúza/Agência Brasil)
Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Da Redação*

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, será ouvido nesta quinta-feira (30), pela 2ª Vara de Justiça Federal em Canoas (RS) dentro da ação civil pública de improbidade onde figura como réu junto a mais duas pessoas, entre elas o ex-reitor da Ulbra Ruben Becker. A Justiça recusou o pedido de transferência na oitiva formulado pelo atual ministro. A ação, de autoria do Ministério Público Federal em Canoas, foi ajuizada em dezembro de 2014, pelo procurador da República Jorge Sodré.

O MPF apontou que duas empresas ligadas a Padilha, e que também figuram como réus na ação, a Fonte Consultoria e Assessoria Empresarial Ltda e a Rubi Assessoria e Participações Ltda, prestaram serviços remunerados de consultoria e assessoria à Comunidade Evangélica Luterana São Paulo (Celsp), a mantenedora da Ulbra. Além disso, bolsas de estudo teriam sido concedidas sem os requisitos legais a pedido de Eliseu – à época dos fatos, exercendo seu mandato de deputado federal.

As investigações que desaguaram na ação de improbidade foram iniciadas em 2009, quando o MPF em Canoas recebeu provas de que Padilha havia atuado em prol da Ulbra mediante vantagem pessoal se valendo, para tal, de sua posição como parlamentar.

O MPF apurou que, somados, os pagamentos feitos pela Celsp/Ulbra às empresas de Padilha ultrapassam os R$ 3.5 milhões. Mesmo diante de valores, conforme registrou a ação civil pública, “altíssimos”, auditorias feitas a pedido do MPF em Canoas não conseguiram encontrar nos arquivos da Celsp/Ulbra documentos ou elementos que pudessem comprovar a realização dos serviços contratados, tanto da Fonte como da Rubi.

No tocante ao contrato da Fonte, o MPF descobriu fortes indícios de que a própria empresa “foi criada justamente e exclusivamente para trabalhar para a Celsp/Ulbra”. Consultando-se o registro da Junta Comercial do Rio Grande do Sul (Jucergs), foi apurado que o ato constitutivo da empresa é de data posterior à assinatura do contrato entre Padilha, sócio-gerente da Fonte, e a Ulbra. Tal expediente se repete ao buscar o registro da Fonte Consultoria e Assessoria Empresarial no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica.

Padilha será ouvido pessoalmente ou através da realização de videoconferência entre Subseções Judiciárias de Canoas e Brasília pelo Juiz Federal Felipe Veidt Leal da 2ª Vara Federal de Canoas.

*Com informações do Ministério Público Federal


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