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13 de maio de 2016
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16:15

Gilmar Mendes chama governo petista de ‘trupe de insensatos’ em posse no TSE

Por
Sul 21
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Gilmar Mendes chama governo petista de ‘trupe de insensatos’ em posse no TSE
Gilmar Mendes chama governo petista de ‘trupe de insensatos’ em posse no TSE
Para deputado, as atitudes do ministro Gilmar Mendes desonram a toga |Foto: Eduardo Nichele/TJRS
Foto: Eduardo Nichele/TJRS

Do GGN 

Um dia depois de suspender a ação da Polícia Federal sobre o envolvimento de Aécio Neves (PSDB-MG) no esquema de corrupção de Furnas, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e critica o governo iniciado com o ex-presidente Lula como “era da impunidade”, no evento de posse. Para Gilmar, a Lava Jato “reorientou” o país.

Ao contrário do que manifestou recentemente o presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, de que a Corte não iria interferir no julgamento político do impeachment, Gilmar não se preocupou em mostrar suas opiniões sobre o cenário político atual, durante a sua cerimônia de posse no TSE.

Marcado por frases de efeito e duro discurso, Gilmar afirmou que a Operação Lava Jato mostrou que o país se reorientou, desde o mensalão, quando “o escândalo do governo Lula mostrou que a era da impunidade e da complacência com os poderosos sucumbia”.

Também chamou os governos de Lula e de Dilma como “empedernida trupe de insensatos” que formou um “presidencialismo de cooptação”.”Esses conchavos, longe de assegurar apoio ou sobrevivência política, corroem a legitimidade da representatividade popular, estimulam abertamente crimes como a corrupção desenfreada – inclusive como modo de governança -, a falsidade ideológica, a lavagem de dinheiro e a formação de quadrilha, entre outros tantos delitos, ademais de satanizar desbragadamente a atividade política”, disse ainda.

No discurso que ocorreu após voltar atrás na autorização do inquérito contra Aécio Neves, Gilmar contraditoriamente disse que os “desdobramentos” do esquema de corrupção da Petrobras “comprovam, de forma cabal, que o Brasil leniente e apático ficou para trás”, em clara defesa ao magistrado do Paraná, Sergio Moro, agora afirmando que o Brasil soube “resistir bravamente a esse imenso e revolto mar de desmandos”.

Como presidente do TSE, Gilmar julgará as ações de cassação de Dilma Rousseff e Michel Temer, abertas inclusive pelo PSDB de Aécio Neves, da qual ação no STF o ministro tenta arquivar. Está em discussão agora pelo tribunal eleitoral um pedido do presidente interino Michel Temer de deixar de ser responsabilizado junto com Dilma.

Neste ano, Gilmar Mendes também cuidará dos casos das contas nas eleições municipais e já se adiantou que “há enormes chances de fraudes”, “à mercê de subterfúgios tão deploráveis e ultrajantes quanto o uso de caixa dois, quase sempre ligado a organizações criminosas”.


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