A “Grande Mobilização 45”, realizada pela Coligação Confirma Rio Grande, de Yeda Crusius (PSDB), nesta quinta-feira (9/9), não teve este nome à toa. O local escolhido – Igreja da Pompeia, em Porto Alegre – não é grande. A palavra-chave para descrever o evento foi mobilização. Os discursos inflamados orientavam os militantes a pedir o voto nas ruas. Entre um discurso e outro, o mestre-de-cerimônias fazia a plateia cantar um dos jingles de campanha da governadora. Não faltaram também críticas aos adversários.
“Vamos falar com o atendente da farmácia, com o caixa do supermercado”, pediu Ângela Sarquiz, que faz parte da coordenação de campanha, afirmando que é grande o número de indecisos e que é nestes que se deve concentrar atenção. Sarquiz afirmou que é preciso que a militância fale para a população sobre as realizações do atual governo e defenda Yeda Crusius das acusações que sofreu, pois a imprensa, segundo ela, não daria este espaço à governadora. Em seu discurso, Mário Bernd (PPS) afirmou que “pedir voto é uma atitude nobre”.
Celso Bernardi (PP), ex-secretário Extraordinário para Assuntos Institucionais do governo Yeda, criticou as duas coligações adversárias. “Um diz que quer mudanças. Mas não é homem de mudanças, de atitude. É de lero-lero”, declarou, referindo-se a José Fogaça (PMDB). E fez uma série de ilações sobre como seria um novo governo de Tarso Genro (PT). “Hoje eles usam uma roupa nova, mas no governo vão voltar ao radicalismo. Vão usar o boné do MST, vão mandar as empresas embora. Não vão cumprir contratos”. Em outro momento, criticou Genro e Fogaça ao mesmo tempo, lembrando a renúncia de ambos à Prefeitura de Porto Alegre. “Os dois candidatos têm uma coisa em comum: devem dois anos de mandato a Porto Alegre”.
O candidato a vice-governador pela coligação, Berfran Rosado (PPS), também criticou os dois candidatos adversários e disse que está preparado para comparar o atual governo com os governos Rigotto e Olívio “em qualquer área”. “O Rigotto é uma boa pessoa, mas não é bom administrador. O Fogaça é uma boa pessoa, mas não é bom administrador”, disse sobre os peemedebistas. Quanto aos petistas, afirmou: “Eu prefiro o Olívio ao Tarso. O Olívio a gente sabe o que pensa. O Tarso diz uma coisa, e faz outra”.