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3 de agosto de 2010
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13:31

Juventude e entidades reativam movimento Fora Collor

Por
Sul 21
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Rachel Duarte

Um áudio com uma reação agressiva do ex-presidente da República e candidato ao governo de Alagoas, Fernando Collor (PTB) ao texto do jornalista da revista Isto É, Hugo Marques despertou a juventude brasileira. Um grupo de estudantes, que assinam como A Turma Jovem do Estado de Alagoas, criou o site Fora Collor, para denunciar escândalos que envolvem o ex-presidente

Com design moderno e músicas do momento e da preferência dos jovens, a página contém charges e conteúdo politizados. Há também a publicação da matéria que “provocou” Collor. No texto, o jornalista revela a morosidade do Tribunal Superior Eleitoral com as candidaturas impugnadas e que, com a nova Lei do Ficha Limpa, deveriam se tornar inelegíveis pelo prazo de oito anos.

Segundo o texto, “a maioria dos pedidos de impugnação de candidaturas está relacionada à falta de simples certidões de “nada consta” criminal nas esferas judiciais. O documento é imprescindível para quem quer seguir carreira pública, mas muitos políticos, às voltas com processos judiciais, não conseguem obtê-los. São os casos do candidato ao governo estadual Fernando Collor de Mello (PTB) e do atual governador, Teotônio Vilela Filho (PSDB), que tenta a reeleição. Mas há situações ainda mais escabrosas. O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), também candidato ao governo, já foi condenado em segunda instância por abuso de poder político e econômico.”

Os estudantes se reuniram, nesta segunda-feira (2), com entidades sindicais e comunitárias convocadas pelo Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) para reativar o movimento Fora Collor. Foi escolhido o dia 11 para deflagrar em Alagoas a campanha Collor Nunca Mais, contrária à candidatura do ex-presidente Fernando Collor (PTB) ao governo do Estado. A manifestação será realizada a partir das 9h na Praça Sinimbú, em frente ao edifício sede do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de Alagoas, no centro da capital Maceió.

Histórico

O movimento “Fora Collor” foi articulado por entidades estudantis e organizações não-governamentais em 1992, quando milhares de brasileiros saíram às ruas em passeatas pedindo a saída do poder do então presidente da República.

A manifestação contra Collor foi fruto da indignação popular em relação aos indícios de corrupção, ao congelamento das poupanças e à alta inflação. Com a comprovação do esquema de corrupção – denunciado pele empresário Pedro Collor, irmão de Fernando Collor, que já estava em fase terminal de câncer -, a sociedade indignou-se e a juventude foi às ruas pedir o impedimento do então presidente.

Os grandes movimentos foram organizados pela União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), DCEs, centros acadêmicos e grêmios livres. As manifestações cresceram com o descontentamento popular em relação ao governo Collor.

A campanha contra Collor virou movimento de massa a partir das famosas passeatas dos caras pintadas, nas quais os populares saíam na rua com slogans contra o Governo. Daí desenvolveu-se o movimento denominado “Fora Collor”, levando a população a se manifestar contra os escândalos de corrupção, tendo como principal acusado o ex-tesoureiro Paulo César Farias, o PC Farias.

A força dos movimentos sociais e estudantis, o “Fora Collor”, teve apoio da mídia na época e resultou no impeachment de Collor.

Com informações do Jusbrasil


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