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17 de agosto de 2010
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14:58

Índio da Costa ataca Dilma em debate de vices

Por
Sul 21
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Igor Natusch

Índio da Costa (DEM-RJ), candidato a vice na chapa de José Serra (PSDB), não dá sinais de que vá diminuir o ritmo dos ataques contra o PT, partido da candidata Dilma Rousseff. Nessa terça-feira (17), em debate dos candidatos a vice promovido pelo jornal O Estado de São Paulo, Índio manteve a metralhadora verbal em ação e voltou a relacionar o PT às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

“Dilma não respondeu até agora se vê ligação entre as FARC e as drogas”, alfinetou. “A Dilma tem que explicar por que o PT é ligado às FARC. Todos nós sabemos que o PT tem ligação com os guerrilheiros, que por sua vez têm ligação com o narcotráfico”, insistiu.

A relação de Dilma com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) também foi abordada por Índio. Segundo ele, a candidata colocou o boné com logo do MST e lembrou declarações de João Pedro Stédile, que disse em entrevista à Reuters que as ocupações de terra aumentarão de intensidade caso Dilma seja eleita. “Esse governo é frouxo com as invasões de terra”, acusou Índio.

Michel Temer (PMDB-SP), vice na chapa de Dilma Rousseff, optou por um tom mais comedido nas respostas. Segundo ele, o governo Dilma não fará nenhuma objeção aos movimentos sociais. “Eles são bem-vindos para nossa campanha, desde que nos limites da lei. O que estiver fora da lei não será tolerado pela nossa coligação”, reforçou Temer. Para ele, Lula conseguiu pacificar os movimentos sociais, o que causa desconforto aos partidos de oposição.

A postura de Índio da Costa motivou algumas manifestações irônicas de outros adversários. Guilherme Leal, vice na chapa de Marina Silva (PV), brincou com o vice de Serra, referindo-se a ele como “nosso aguerrido deputado com seu arco e flecha”.

A atitude confrontadora de Índio coincide com um momento difícil de José Serra nas pesquisas. Em menos de uma semana, Datafolha e Ibope apontaram o aumento da vantagem de Dilma Rousseff sobre o tucano, com a possibilidade crescente de vitória da petista no primeiro turno.

Com informações de Reuters e O Estado de São Paulo


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