Um estudo divulgado essa semana pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) indica que o Rio Grande do Sul erradicará a miséria absoluta no ano de 2015. Chama a atenção o fato de que os outros estados da Região Sul, Santa Catarina e Paraná, deverão ser os primeiros Estados do País a erradicar totalmente a miséria, atingindo a marca em 2012.
Há muita desigualdade entre os estados: enquanto Santa Catarina tem 2,8% de miseráveis, em Alagoas o índice é de 32,2%. A pobreza absoluta atinge 18% na Região Sul e 43% na Região Norte.
Pelos cálculos do Ipea, o Brasil poderá reduzir esse índice para 4% da população nos próximos seis anos, número próximo ao dos países ricos.
A miséria absoluta é caracterizada por um rendimento médio domiciliar per capita de até um quarto de salário mínimo — ou seja, R$ 127,50 para cada integrante da família. A pobreza absoluta é quando os rendimentos não chegam a 50% do mínimo, hoje R$ 255,00 mensais.
O estudo do IPEA demonstra uma situação nada favorável ao Rio Grande do Sul. Se Santa Catarina e Paraná erradicarão a miséria em 2012, em 2013 seriam a vez de Goiás, Espírito Santo e Minas. No ano seguinte, a miséria seria eliminada em São Paulo e Mato Grosso. Em 2015, estaríamos no grupo de Rio de Janeiro e Distrito Federal, ficando para 2016 os nordestinos de Alagoas, Maranhão, Pernambuco e Paraíba e Piauí.
Tais números revelam o crescimento econômico do país, mas mostram pouco relativamente à distribuição de renda e qualidade de vida dos Estados. Também são muito favoráveis ao governo Lula (2003-2010), apesar de ter crescido em seu primeiro ano de governo.
Veja os números do IPEA sobre o desenvolvimento no Brasil: