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29 de junho de 2010
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17:54

Rumos da cultura no RS

Por
Sul 21
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Clarissa Pont

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O 17º Fórum de Dirigentes Municipais de Cultura do RS deveria ter sido um momento de traçar diretrizes para um sistema estadual de cultura a partir dos municípios, ouvindo representantes dos candidatos ao governo do estado. No final, foi um evento morno e se transformou em uma apresentação burocrática de plano de governo, sem debates.

Carlos Appel, representante da coligação PMDB e PDT que apóia a candidatura do ex-prefeito José Fogaça, remontou a história da criação da Secretaria de Cultura do RS e até do Ministério da Cultura. Reclamou da falta de orçamento destinado à área e admitiu que hoje não há coordenação entre as políticas culturais das esferas municipal, estadual e federal. Segundo ele, sequer igrejas históricas do interior são tombadas pelo patrimônio público.

Mais positivo, Jeferson Assumção apresentou o plano de governo de Tarso Genro (PT, PCdoB, PSB, PR, PPL e PTRB) para a cultura. Segundo ele, o processo de debate para montar a síntese foi amplo, “mas conseguimos um documento com 13 pontos para a cultura no RS crescer. São quatro os eixos mais importantes: Institucionalização da cultura, gestão democrática e republicana, fortalecimento do estado e financiamento da cultura como direito básico”. Segundo ele, a existência de um conselho, um plano definido e um fundo para a cultura são essenciais. “O fundo para que, principalmente, seja afastada a idéia de que financiamento deva ser apenas por incentivo fiscal. O estado precisa ter orçamento próprio para tanto”.

A coordenação de campanha da governadora Yeda Crusius informou  que a candidata não participaria da sabatina.

Carlos Appel foi um dos criadores da Lei de Incentivo à Cultura no estado (LIC). É formado em Letras Neolatinas pela Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) e foi secretário da Cultura do RS entre 1987 e 1991, cargo que voltou a exercer em 1996, 1996 e 1997. Entre alguns de seus livros publicados, destacam-se Memórias do Coronel Falca, O romance de 30 e Os 90 anos de Cyro Martins.

Jeferson Assumção é autor de 17 livros. Formado em Filosofia pelo Centro Universitário La Salle de Canoas, em 2008, doutorou-se em Filosofia pela Universidade de León, Espanha. Foi assessor e coordenador-geral de Livro e Leitura do Ministério da Cultura, em Brasília, Hoje, é secretário de Cultura da cidade de Canoas.

SindBancários e FAPA organizam pós sobre pensamento marxista clássico

Uma parceria entre o SindBancários e a Faculdade Porto-Alegrense (FAPA) concebeu o curso de pós-graduação “O Pensamento Marxista Clássico e a Atualidade”. Será realizado na Casa dos Bancários, rua General Câmara, 424. As inscrições, que vão até 31 de julho, podem ser realizadas no Departamento de Formação do SindBancários ou na secretaria de Pós-Graduação da FAPA (Av. Manoel Elias, 2001, sala 1201, prédio 1). A proposta é realizar análises dos textos clássicos do pensamento de Karl Marx e Friedrich Engels e seus principais herdeiros intelectuais. Os temas que nortearão o curso são economia, política, filosofia, história, sociologia e o marxismo depois de Marx, no mundo e no Brasil.

O secretário-geral do SindBancários, Fabio Soares Alves, explica que a pós é uma novidade na região Sul. “No Brasil, só tenho conhecimento de curso similar na Unicamp. Também estamos sendo pioneiros ao aproximar a academia e o movimento sindical”, analisa. O diretor de Formação do SindBancários, Ronaldo Zeni, observa que Marx está mais atual do que nunca. “Entender seus conceitos traz ao SindBancários uma oportunidade de formar uma vanguarda de esquerda capaz de intervir diretamente na realidade social. Esta é a nossa cultura”, avalia Zeni.

Mais informações através do telefone (51) 3433-1235 das 11h às 13h e das 14h às 20h e pelo e-mail formaçã[email protected]

Cinema

Quincas Berro D’água

A estreia indicada por Sul 21 nesta semana é o longa Quincas Berro D’ Água, baseado na obra A Morte de Quincas Berro D’água, de Jorge Amado, e dirigido por Sérgio Machado. Aos 50 anos, Joaquim Soares da Cunha (Paulo José) – funcionário público exemplar, bom pai e bom esposo – joga tudo para o alto depois de se aposentar. Sem nenhuma explicação, deixa a família e se muda para uma pocilga com a intenção de apenas curtir a vida, transformando-se no rei dos botecos, bordéis e gafieiras da Bahia.

Um dia, ele é achado morto em seu quarto. A família tenta apagar da memória os anos de loucura, dando a Quincas um enterro respeitável. Mas, inconformados com a morte, seus melhores amigos aparecem no velório, roubam o corpo e o levam para uma última noite regada a festa e muita bebida. O longa conta com Marieta Severo no elenco.


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