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30 de junho de 2010
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18:08

Rendimento médio das mulheres no comércio é menor que o dos homens

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Sul 21
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Estudo do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) mostra que as mulheres recebem, em média, 88,5% do rendimento dos homens, considerando o setor comercial das regiões metropolitanas brasileiras

O estudo, elaborado com dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego do ano de 2009, e viabilizado por meio de parcerias regionais no Distrito Federal e nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza e São Paulo, buscou traçar o perfil da mulher trabalhadora no setor comercial do país.

O estudo confirma que a remuneração ainda é um dos fatores que revelam a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Em 2009, com exceção de Fortaleza e Recife, as mulheres recebiam em média 88,5% do rendimento dos homens. A desigualdade salarial é maior na região Sul (Porto Alegre) e na região Sudeste (Belo Horizonte) e menor nas regiões Norte e Nordeste. Já em Fortaleza e Recife, há um equilíbrio nos rendimentos de homens e mulheres. Na análise, foi considerado o rendimento médio por hora trabalhada, considerando que as jornadas das comerciárias são menores que as dos comerciários.

Segundo o levantamento, a proporção de mão-de-obra feminina no comércio em relação ao total de mulheres ocupadas é bastante significativa. Nos mercados de trabalho pesquisados, a proporção de comerciárias varia entre 13,9%, em Belo Horizonte, e 19,8%, no Recife. São mulheres quase metade dos/as assalariados/as no comércio, o que corresponde a cerca de 840 mil trabalhadoras nas regiões pesquisadas. Porto Alegre apresenta a maior proporção de mão-de-obra feminina (45,6%) e Fortaleza, a menor (38,2%).

A jornada de trabalho das comerciárias é ligeiramente inferior à dos homens. No Recife, por exemplo, os homens trabalham em média 51 horas semanais, enquanto as mulheres trabalham 47 horas. No entanto, apesar de inferior à dos homens, a jornada feminina ultrapassou a jornada legal em todas as regiões, com exceção de Belo Horizonte (43 horas).
O estudo confirma que a remuneração ainda é um dos fatores que revelam a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. Em 2009, com exceção de Fortaleza e Recife, as mulheres recebiam em média 88,5% do rendimento dos homens. A desigualdade salarial é maior na região Sul (Porto Alegre) e na região Sudeste (Belo Horizonte) e menor nas regiões Norte e Nordeste. Já em Fortaleza e Recife, há um equilíbrio nos rendimentos de homens e mulheres. Na análise, foi considerado o rendimento médio por hora trabalhada, considerando que as jornadas das comerciárias são menores que as dos comerciários.

(Fonte: Observatório Brasil da Igualdade de Gênero)


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