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21 de maio de 2010
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16:26

Presidente do PTB em Porto Alegre vira réu no caso Eliseu

Por
Sul 21
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Marco Weissheimer

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O Juiz Ângelo Furlanetto Ponzoni, substituto do 1º Juizado da 1ª Vara do Júri, acolheu pedido do Ministério Público e incluiu no pólo passivo mais três réus no processo que investiga a morte do ex-vice-prefeito de Porto Alegre e ex-secretário municipal da Saúde, Eliseu Santos: o presidente municipal do PTB, José Carlos Brack, o ex-funcionário da empresa Reação Jonatan Pompeu Gomes e o ex-ocupante de cargo de confiança do PTB Cássio Abreu. A decisão foi tomada na noite desta sexta-feira.

O magistrado determinou ainda a realização de perícia na gravação que mostraria o réu Marco Antônio de Souza Bernardes, ex-assessor jurídico da Secretaria da Saúde na gestão Eliseu Santos, na sede da Empresa Reação, para verificação da autenticidade do conteúdo. Ponzoni decidiu também indeferir os pedidos de revogação das prisões preventivas dos réus Eliseu Pompeu Gomes, Fernando Junior Treib Krol e Marcelo Machado Pio.

Segundo as investigações do Ministério Público estadual, divergências sobre os valores da propina envolvendo a empresa de segurança Reação teriam motivado a morte de Eliseu Santos. José Carlos Brack teria uma espécie de escritório paralelo dentro da Secretaria Municipal da Saúde.

Em uma carta encaminhada aos promotores, divulgada pela rádio Guaíba e pelo Correio do Povo, são mencionadas supostas atividades de José Carlos Brack dentro da instituição. O dirigente do PTB teria ingerência sobre contratos emergenciais, por meio dos quais ocorreriam os desvios de recursos da Saúde.

Um trecho da carta, que teria sido escrita por uma pessoa próxima a Eliseu Santos, revela o clima de desconfiança que existia dentro da secretaria. “Nos corredores da secretaria, ganhava força, entre assessores diretos de Eliseu, sem vínculos com o partido, de que Marco (Bernardes, assessor jurídico da secretaria da Saúde e um dos oito denunciados pelo MP sobre a morte de Eliseu) agia a mando de José Carlos. Em determinada ocasião, convencido de que fora iludido por José Carlos, o secretário Eliseu o chamou e em altos brados queixou-se de traição, chamando no final de covarde José Carlos, pediu-lhe que não mais comparecesse na secretaria“.


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